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E agora pergunto eu...

15 May. 2024 Geralda Embaló Opinião

Seja bem-vindo querido leitor a este seu espaço onde, já sabe, perguntar não ofende, numa semana em que a nível internacional a actualidade andou marcada nos EUA pela saga judicial do caso Trump contra a antiga atriz porno que em 2006 terá tido uma reunião de negócios com Trump e que depois de uma ida ao wc voltou e o terá encontrado de cuecas, segundo afirmou em tribunal... Uma acção judicial relativa a acontecimentos de 2006, à boca de uma eleição presidencial em 2024 em que Trump é candidato (e em que vai à frente nas sondagens) vão alimentando a vitimização do candidato e os argumentos que apontam para a carga política por detrás do julgamento. Estas alegacões já tinham vindo para os jornais em 2016 e a actriz recebeu na altura um valor em dinheiro para não falar do caso durante as eleições, mas evidentemente o negócio cobria as eleições de 2016 e não as deste ano.

 

E agora pergunto eu...

Noutras latitudes, São Tomé e Príncipe assinou um acordo técnico militar, “por tempo indeterminado”, com a Rússia... o acordo prevê formação, utilização de armas e equipamentos militares e visitas de aviões, navios de guerra e embarcações russas ao arquipélago, e, quando Portugal quis pôr as
 
mãos à cabeça porque foi ultrapassado pela ex-colónia (menos insurrecta) que não pediu autorização para acordos inconvenientes numa altura em que grande parte do mundo (inclusive Angola) alinha na narrativa anti-russa promovida essencialmente pelos EUA, teve de ser lembrado que S. Tomé e Príncipe é também uma nação soberana e que faz acordos com quem entender...

A propósito de Rússia, o presidente ucraniano Vlodomir Zelensky, que tem despedido vários membros do governo por alegadas ligações à Rússia ou pelo que diz ser planos para atentar contra a sua vida, despediu no final da semana que passou o chefe da sua segurança pessoal, depois de serem detidos dois elementos da guarda de Estado, mais uma vez convencido de que fariam todos parte de um plano para o assassinar... Ser presidente nestas condições deve ser pavoroso, um desassossego constante. Completamente diferente da experiência do nosso chefe, cujo período mais difícil da sua existência presidencial (depois do resultado das eleições ter perdido a preciosa maioria de dois terços e a capital), terá sido provavelmente o período da pandemia porque não podia andar a voar de trás para a frente com os espaços aéreos encerrados e porque o temor de ter, em caso de emergência, de recorrer aos serviços de saúde do país que governa poderá ser tão aterrador quanto os receios de planos de assassinato que vão tirando o sono ao seu homólogo ucraniano.

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Geralda Embaló

Geralda Embaló

Directora-geral adjunta do Valor Económico