E agora pergunto eu...
Seja bem-vindo a este seu espaço onde já sabe querido leitor, perguntar não ofende, numa semana em que, em várias latitudes, o poder foi exposto naquilo que são as acções e tácticas sórdidas que vai tão frequentemente praticando na busca da auto-manutenção.
O jornal britânico The Guardian publicou uma reportagem estarrecedora sobre ameaças, tentativas de aliciamento e intimidação de que a ex-procuradora do Tribunal Internacional, a ganesa Fatou Bensouda, foi alvo, depois de em 2015 abrir uma investigação sobre crimes contra a humanidade nos territórios ocupados da Palestina. O então chefe da agência de inteligência estrangeira chegou mesmo a ameaçar a família da procuradora e a dizer-lhe que em vez da investigação devia “ajudá-los a ajudá-la” e que ela “não se quereria meter em assuntos que podiam comprometer a segurança” dela e da sua família. Segundo a reportagem a Mossad acompanhou e escutou o marido da procuradora e tentou usar essas gravações para que desistisse da investigação que estava a liderar e que podia culminar como culminou na semana que passou, já na vigência do sucessor de Bensouda, com o anúncio da busca de emissão de um mandato internacional de captura, contra o primeiro-ministro israelita Benjamim Netanyahu.
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