E agora pergunto eu...
Seja bem-vindo querido leitor a este seu espaço onde perguntar não ofende depois de uma semana marcada pela perda prematura e traumatizante de um dos fundadores do sindicato dos jornalistas, Ismael Mateus, professor, comentador jornalista, amigo e querido de tantos na classe, uma perda que entristece todos independentemente de qualquer discordância momentânea de posições, sobretudo uma perda traumática para a família a quem só se pode desejar muita força neste momento.
Uma perda que apesar da falta de detalhes sobre o acidente, lembra que as estradas do país continuam a ser a segunda maior causa de morte dos angolanos e que este foi outro entre muitos indicadores que não melhorou assinalavelmente ao longo dos anos.
Lembrando as sintomáticas palavras da analista e ex-vice da Educação, Alexandra Simeão “o problema é que não temos problemas novos”. E há muitos, muitos anos que a malária é a primeira causa de morte e as estradas a segunda causa de morte de vários milhares de angolanos. Uma realidade violenta que parece imutável apesar de todas as justificações de adjudicações, maioritariamente directas, que incluem tanto hospitais - que deviam resultar na queda da mortalidade tanto por malária como por acidentes e teimosamente não resultam - como obras que se querem aumentar o número de estradas, mas também torná-las mais seguras.
No ano passado o saldo de mortes em mais de 13 mil acidentes ultrapassava os 15 mil mortos. 50 mortos por dia nas estradas angolanas em 2023, escrevia a imprensa portuguesa como destaque. Isto sendo que o imposto de circulação continua a ser cobrado e o governo em nome do Estado continua impunemente a adjudicar obras e obrinhas que deveriam melhorar a situação de forma enérgica, mas que não têm resultados duradouros sem se responsabilizar pelas mortes de vidas ao mau estado de estradas... e os angolanos continuam a morrer aos molhos.
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