E agora pergunto eu...
Seja bem-vindo querido leitor a este seu espaço onde perguntar não ofende depois de uma semana que continuou a ser muito marcada por processos eleitorais mais ou menos turbulentos.
Nos EUA a eleição de hoje reinou no topo da actualidade com os candidatos dos dois lados a polarizarem cada vez mais as respectivas narrativas, o discurso anti-imigrante que já se sabe arrebanhar votos entre os trumpistas, e do lado dos democratas, o discurso anti-trumpistas que tem o condão de alienar e demonizar uma boa parte do eleitorado com o resultado de mais castigos nas urnas. Pipocas para assistir ao filme como dizemos entre nós...
Entre nós em África as eleições também continuaram a marcar a actualidade, a eleição moçambicana, três semanas depois do pleito, vive dias amargos de instabilidade profunda. Os prejuízos económicos não são quantificáveis por causa da informalidade que atinge 80% da economia, no entanto, a actividade formal estima por baixo que cerca de 22 milhões de dólares sejam perdidos em cada dia de greve convocada por Mondlane. Para não mencionar outros danos como cancelamentos no sector do turismo, ou o encarecimento é escassez de produtos (inflação) que os analistas moçambicanos consideram penosos para uma economia já frágil. Reina o medo a incerteza entre os libertadores que tentaram atribuir-se 70 por cento de uma votação em que ninguém acredita que tenha tido mais de 30 e do outro lado não há compromisso nem receio de responsabilização pelas mortes que já estão a acontecer fruto da luta pelo poder e já ultrapassam as duas dezenas. Provavelmente pelo histórico que carrega o maior partido da oposição angolana, uma das partes beligerantes da guerra que mutilou Angola durante 30 anos, quando foi roubada nas urnas, a nossa oposição hesitou. E não faltaram reportes de observadores que apontavam para urnas trocadas, actas escondidas e falsificadas e corrupções do processo afins. Quando foi roubada nas urnas, a nossa oposição hesitou provavelmente com receio de assistir a um possível banho de sangue, já que a Frelimo cá do sítio celebrou as eleições apinhando as ruas de tropas e polícias com dedos ansiosos no gatilho...
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JLo do lado errado da história