E agora pergunto eu...
Seja bem-vindo querido leitor a este seu espaço onde perguntar não ofende depois de uma semana em que só deu Biden em Angola, tanto entre nós como até fora de portas, onde o caos político que assolou a Alemanha no mês passado e que levou à queda da coligação que sustentava o governo, se estendeu à França, com uma queda aparatosa do governo de Michel Barnier ao cabo de apenas quatro meses - estão as duas maiores economias europeias mergulhadas em impasses políticos que vão levar meses a desencanar. O caos estendeu-se à Síria, que indirectamente infligiu uma derrota à Rússia que protegia o regime derrotado de Assad que teve de se refugiar na Rússia. Também na Coreia do Sul se vota a queda do governo, e o mesmo risco corre a governação da Geórgia com milhares em protestos nas ruas. Em Moçambique as mortes de moçambicanos às mãos de um governo sem condições de dar respostas diferentes de violência e balas, que parece apostado em equilibrar-se no poder em cima dos cadáveres da sua própria população – os mortos já chegam perto dos 90 com quase 300 baleados - a tragédia do apego autocrata ao poder.
Voltando a Biden em Angola, foram 72 horas intensas de manchetes e de discussões acesas online, sobre de tudo um pouco. Desde o aparato de segurança, ao AIR Force One, ao discurso que lembrou que do ponto do Museu da Escravatura saíram milhões de africanos que fizeram parte da prole afroamericana dos nossos dias, desde a chuva com os respectivos cortes de luz e lagoas que não pouparam o ilustre visitante. Desde a tolerância de ponto que se transformou num pesadelo para quem precisava de se locomover durante a visita - “nos esconderam, estamos magros” escreviam internautas online perante as imagens de ruas vazias, “Biden vem a Angola e não vê angolanos era a estiga”. Menos falada foi a publicidade a uma das favoritas do seu homólogo, a empresa Carrinho, havia vários comentários sobre imagens da água da Chela na mesa do POTUS, mas sobre a publicidade à Carrinho, muito poucos... No entanto, não faltaram leituras sobre o potencial do Corredor do Lobito em termos de transformações socioeconómicas, sobre a promessa do presidente americano de investimento de mil milhões para África e a incógnita sobre a materialização desses projectos com a mudança de administração americana, até à soneca de Biden na reunião com os chefes de Estado, tudo foi esmiuçado.
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