Embaixador angolano no Quénia pode responder em tribunal
Alguns trabalhadores da embaixada de Angola em Nairobi, capital do Quénia, ameaçam levar a tribunal o embaixador Virgílio Marques de Faria, a quem acusam de se recusar a recebê-los para discutirem o pagamento de cinco meses de salários em atraso, “enquanto leva uma vida de luxo”.
Segundo o jornal queniano ‘Daily Nation’, são cerca de 30 trabalhadores envolvidos na acção. Os funcionários alegam que o diplomata leva uma ‘vida de rico’, num dos hotéis mais caros de Nairobi, apesar de não pagar aos funcionários quenianos. O jornal diário queniano acrescenta que também há quadros angolanos com salários em atraso.
A situação de incumprimento terá já levado os quenianos a dirigir uma carta ao embaixador Marques de Faria, datada de 30 de Outubro, em que apelam à regularização salarial, sensibilizando o diplomata para as dificuldades que têm atravessado, nomeadamente para suportar os gastos com alimentação, renda e educação.
Na missiva, os funcionários recordam uma reunião que tiveram com o embaixador no início de Setembro, na qual receberam a garantia de que o problema seria resolvido no princípio de Outubro.
“Infelizmente, os contínuos atrasos arrastaram-se até ao final de Outubro sem qualquer tipo de explicação”, lê¬se na mensagem dos trabalhadores que, no entanto, indica que apenas um dos salários em atraso foi pago.
Confrontado pelo “Daily Nation” com este cenário, o embaixador, segundo cita a publicação, declarou não ter explicações a dar. “Porque estão preocupados com o que se passa cá dentro [da embaixada]? Vocês não são meus funcionários”, rebateu o diplomata.
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