Empresários da CPLP exigem medidas contra raptos em Moçambique
A direcção da Confederação Empresarial da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CE-CPLP) exigiu hoje a Moçambique a adopção urgente de medidas contra os raptos que têm ocorrido no país, e sanções exemplares contra os responsáveis.
“Em virtude da segurança constituir uma das bases fundamentais na construção e consolidação da nossa comunidade, somos assim a reclamar das autoridades competentes, no caso em especial de Moçambique, mas também dos restantes países da CPLP, a urgente adopção de medidas eficazes que previnam a repetição de situações semelhantes, bem como conduzam à rápida e satisfatória solução destes casos, sancionando exemplarmente os seus responsáveis”, lê-se numa carta enviada ao secretário executivo da CPLP.
Assinada por todos os representantes da CE-CPLP nos países lusófonos e por todos os membros da comissão executiva da CPLP, esta nota de ‘Apelo aos países membros da CPLP contra ondas de rapto em Moçambique’ foi também enviada ao embaixador representante de Moçambique na CPLP.
No texto, defende-se que a CPLP “torne patente o seu absoluto e consensual repúdio por atentados deste tipo que põem em causa o progresso social” e que, para além disso, prejudica a imagem do país.
“A segurança, sendo um bem absolutamente fundamental de qualquer nação, torna-se ainda mais indispensável na atratividade do investimento necessário À criação de riqueza e emprego, insubstituíveis pilares do desenvolvimento económico e social”, lê-se ainda na nota.
Na semana passada, duas pessoas, um médico e um empresário da área de restauração, foram raptadas em menos de uma hora na capital moçambicana.
Na sexta-feira, o filho mais velho do presidente da Confederação Empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CE-CPLP), o moçambicano Salimo Abdula, foi raptado, embora este último caso tenha ocorrido na África do Sul, segundo a imprensa local.
O Presidente moçambicano anunciou em Dezembro a possibilidade de criação de uma unidade policial anti-raptos para combater a onda de crimes que se regista nas principais cidades moçambicanas, com mais de 10 casos registados durante 2020.
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