EUA investigam importações de silício metálico provenientes de Angola por alegado ‘dumping’
Os EUA estão a investigar as importações de silício metálico provenientes de Angola, por alegado 'dumping’. A investigação foi desencadeada pela Comissão de Comércio Internacional dos EUA (USITC, na sigla em inglês) e envolve também países como a Austrália, Laos, Noruega e Tailândia.

De acordo com a Agência Lusa, a USITC afirma que existem "indícios razoáveis" de que a indústria norte-americana está a sofrer um prejuízo material devido às importações de silício metálico da Austrália, do Laos e da Noruega, alegadamente vendido nos Estados Unidos a um preço inferior ao justo e subsidiado pelos governos destes países.
A Comissão determinou igualmente que existem indícios razoáveis de ameaça de prejuízo material à indústria dos EUA devido às importações de silício metálico de Angola, alegadamente vendidas a um preço inferior ao justo, e às importações de silício metálico da Tailândia, alegadamente objeto de subvenções por parte do Governo tailandês.
Caso se confirme que Angola e os outros países estão a vender abaixo do valor considerado justo, os EUA podem aplicar tarifas adicionais, chamadas direitos 'antidumping' ou compensatórios, para tornar esses produtos mais caros e proteger a produção local.
Segundo a USITC, o Departamento de Comércio dos Estados Unidos continuará a analisar as importações de silício metálico destes países. As decisões preliminares em matéria de direitos 'antidumping' para Angola, Austrália, Laos e Noruega deverão ser adotadas em 01 de Outubro.
Angola exportou 1.675 toneladas de silício metálico para os EUA em 2024, no valor de cerca de 4,15 milhões de dólares. O silício metálico é usado, por exemplo, em painéis solares, ligas de alumínio e semicondutores.
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