Exalgina Gambôa acusada de desvios de fundos
O activista Rafael Marques enviou uma carta ao procurador-geral da República, Hélder Pitta Groz, a solicitar uma investigação sobre a gestão da Juíza-presidente do Tribunal de Contas, Exalgina Gambôa.
Na carta, enviada na sequência de uma denúncia tornada pública pelo mesmo no site Maka Angola, Rafael Marques aponta a suspeição nas despesas desencadeadas por Exalgina Gambôa, avaliadas em milhões de dólares. O activista volta ao tema, sublinhando ter documentos que provam que a juíza, além dos gastos em mobília e reabilitação de uma casa num “luxuoso” condomínio que lhe foi entregue a estrear e que foram superiores ao valor do imóvel (3,5 milhões de dólares), adquiriu também uma residência para a sua adjunta, no valor de 437 mil dólares.
Aponta ainda um ‘mistério’, aludindo ao pagamento de 526 milhões de kwanzas, para a “aparente aquisição de nada”, verba que saiu do Cofre Privativo para a Urbanização Nova Vida. Este projeto, acrescenta-se na carta, pertence á empresa Imogestin, cujo presidente é o ex-marido de Exalgina Gambôa, Rui Cruz.
A carta é enviada, segunda-feira, 17 de outubro, dia em que juízes-presidentes dos tribunais de contas da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) reuniram-se, em Luanda, capital angolana, para analisar as novas técnicas e metodologias de auditoria no controlo do dinheiro público.
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