O Governo retirou a fiscalização da construção do ramal ferroviário do novo aeroporto internacional de Luanda, à empresa portuguesa A1V2 e entrega à  libanesa Dar Angola. 

A contratação da Dar Angola será simplificada e vai custar 1,3 milhões de dólares (682,5 milhões de kwanzas). A Dar Angola tem sido responsável nos últimos anos pela fiscalização de grandes empreitadas do Governo. 

 De acordo com um despacho do Presidente da República, João Lourenço, houve necessidade de se fazer um novo contrato com a Dar Angola. O Governo acusa a empresa portuguesa de ter estado “ausente da obra por largo período” e por ter “manifestado indisponibilidade em retomar os trabalhos, após notificação” do Ministério dos Transportes.

O Governo chegou a criar uma comissão de fiscalização interna para averiguar a situação e à espera de resposta da empresa portuguesa. 

A A1V2 foi contratada em 2016 para fiscalizar a obra do ramal. Uma fonte da empresa, ao Valor Económico, mostrou-se surpreendida com a decisão do Governo, mas prometeu dar mais esclarecimentos. 

A A1V2 é uma multinacional portuguesa que presta serviços de consultoria, fiscalização e gestão de projectos de engenharia, arquitetura, planeamento urbano, entre outros. A empresa está presente em Angola desde 2007 e em mais sete outros países.