Investimento directo estrangeiro e risco político em Angola
Nas duas últimas décadas, Angola vem direccionando a sua acção política para o investimento directo estrangeiro (IDE). Segunda maior economia da África Austral (SADC), atrás da África do Sul, não obstante albergar no seu subsolo imensos recursos naturais e uma população bastante jovem, continua um país subdesenvolvido. Apesar de um conjunto de variáveis pontuais e impulsionadoras de desenvolvimento, Angola regista enorme desigualdade social e um grande desequilíbrio na redistribuição do rendimento, elementos que potenciam instabilidade social, política e económica.

Num conjunto de características contrastantes, Angola ocupa a quinta posição no ranking da SADC, e a décima primeira em África entre os maiores receptores de investimento directo estrangeiro, segundo o Banco Mundial (BM).
A emergência da globalização introduziu alterações no espaço económico, político, social e tecnológico ao nível global e, certamente, o aumento da movimentação de capitais constituiu-se numa das mais notáveis alterações trazidas pela globalização, igualmente impulsionando a abertura dos mercados nacionais e da desburocratização.
Nos países em desenvolvimento, o IDE, que, no entendimento das instituições do grupo Banco Mundial, são os fluxos de investimentos directo na economia, são como uma categoria de investimento transfronteiriço associado a um residente numa economia que detém o controlo ou um grau significativo de influência na gestão de uma empresa que é residente noutra economia. Ora, esse entendimento apresenta-se como variável indispensável nesse mesmo processo de desenvolvimento, não apenas por facilitar o acesso a divisas – factor indispensável para o equilíbrio da balança de pagamentos e da balança comercial – bem como para a produção de emprego, dinamização tecnológica, circulação do conhecimento, melhoria dos processos de gestão e promoção dos negócios.
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