COMPLETAMENTE ATRASADO OU NÃO?

LNG – A Planta que Funciona a 63% da Capacidade e a Nossa Incompetência

31 Oct. 2024 Opinião

No passado dia 21, o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás realizou na sala de conferências Albina Assis uma consulta pública ao “Plano Director do Gás Natural” (“PDG”). Esta consulta pública surgiu com um misto de curiosidade e surpresa sabendo que desenvolvemos a nossa indústria de petróleos com o sucesso que todos conhecemos sem qualquer plano director. E sem quaisquer consultas públicas.

LNG – A Planta que Funciona a 63% da Capacidade e a Nossa Incompetência

Fiz-me compreender que o andar do tempo força a mudanças no comportamento de quem governa e, assim sendo, a necessidade de respaldo para as medidas que se tomam torna-se indispensável. Fiz-me acreditar que a intenção desta consulta pública seria um acto de responsabilidade técnica e, sobretudo, fiscal. Obviamente que fiquei desapontado quando me apercebi de que o PDG apresentado não é muito mais do que uma licença oficializada para se atirar muito dinheiro para a elaboração documental de projectos que nunca se realizarão. A consulta pública não me parece mais do que a legitimização necessária para as despesas que irão ser efectuadas.

Teoricamente, a intenção é o aproveitamento das nossas reservas de gás natural o que até ao momento não tem sido feito. O único avanço que foi feito neste sentido até ao presente é o 1º trem da planta de LNG no Soyo, planta essa que até hoje se encontra subaproveitada. Quando se projectou essa planta, há quase 20 anos, eu pensei que finalmente iria ver Angola alargar os seus horizontes para além do petróleo e entrar no mundo de producção de gás associado ou não. Energia futurista limpa e abundante entre nós. Finalmente, via surgir um novo interesse muito diferente do interesse daqueles que até pouco tempo antes queimavam o gás associado para só produzirem petróleo. Sob o olhar silencioso e cúmplice da Sonangol, queimaram-se triliões de metros cúbicos de gás até ao aparecimento da planta do Soyo, quase que a força dos ambientalistas, mais os internacionais do que os nossos. 

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