Lucros do EuroBic crescem 70%
BANCA. Instituição detida pelos mesmos accionistas do Banco BIC registou lucros de 42,5 milhões de euros, o melhor resultado desde 2008, ano de abertura.
Os lucros do banco português EuroBic cresceram cerca de 70% em 2018, passando de 25 para 42,5 milhões de euros, segundo uma nota da instituição que recorda ser este o “melhor resultado obtido nos 10 anos de actividade”. “Este desempenho foi induzido pelo crescimento do volume de negócios e dos níveis de fidelização dos clientes, que, conjuntamente, contribuíram para uma melhoria sustentada da rentabilidade ‘core’ em cerca de 4,9%, o que merece particular destaque num contexto adverso de taxas de juro negativas e de forte concorrência”, escreve o banco, adiantando que, em termos de negócios, cresceu 9,6%.
A instituição esclarece que, para este resultado positivo, concorreu ainda “a realização de mais-valias com a carteira de investimentos (15,4 milhões de euros líquidos)”, bem como “a melhoria sustentada do resultado ‘core’”, visto que se observou “uma diminuição do ‘cost to income’, passando de 66,5% em 2017 para 65,7% em 2018”.
Por outro lado, informa que o crédito ao cliente cresceu 513 milhões de euros (+11,5%), “traduzindo o esforço na prossecução da estratégia de apoio às famílias, essencialmente através de crédito à habitação, e ao tecido empresarial português, com especial enfoque no crédito concedido às pequenas e médias empresas”. No período em análise, o crédito à habitação cresceu mais de 30% (cerca de 285 milhões de euros), tendo o crédito concedido às PME crescido mais de 10% (cerca de 190 milhões de euros).
Os dados tornados públicos pela instituição indicam também que o activo “ascendeu a 7,5 mil milhões de euros” como resultado de um aumento de 428 milhões de euros (6,0%), “financiado essencialmente pelo aumento dos recursos de clientes em cerca de 410 milhões de euros (+7,7%)”. Detido pelos mesmos accionistas do Banco BIC, o banco afirma que “reforçou a sua posição no sector financeiro português em termos de indicadores de qualidade dos seus activos”.
“Neste âmbito, merecem particular destaque os indicadores de qualidade do crédito concedido a clientes, tendo o rácio de crédito ‘non-performing’ descido para 7,2% (9,3% em 2017) e o rácio de crédito ‘non-performing’ líquido de imparidades diminuído para 2,1% (2,8% em 2017)”.
Na nota, a instituição, que tem como CEO Fernando Teixeira dos Santos, ex-ministro das Finanças de Portugal, destaca “o reembolso das obrigações perpétuas no valor de 94,5 milhões de euros, colocadas no mercado obrigacionista em 2008 pelo ex-BPN”.
“Esta amortização antecipada foi efectuada voluntariamente, sem qualquer perda para os clientes, honrando assim o EuroBic todos os compromissos herdados”, escreve o banco constituído em Janeiro de 2008 e que abriu portas em Maio do mesmo ano com a denominação Banco BIC Português, alterada em 2017.
JLo do lado errado da história