RDC

Nações Unidas pressiona eleições

02 Oct. 2017 Valor Económico Mundo

A Organização das Nações Unidas (ONU) instou no fim-de-semana, em Genebra, a República Democrática do Congo (RDC) a publicar “rapidamente” um calendário eleitoral “realista”, tendo em vista a aproximação da data limite para organizar as eleições gerais no país, que devem culminar com a sucessão do actual Presidente congolês Joseph Kabila, noticiou a agência de notícias France Press.

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Uma resolução sobre essa matéria, depositada pela Tunísia em nome dos países africanos, foi adoptada pelo Conselho dos Direitos Humanos por 45 votos, um contra (EUA) e uma abstenção (Coreia do Sul).

A resolução aprovada insta as autoridades congolesas a “publicar, o mais depressa possível, um calendário eleitoral realista”, em conformidade com o acordo de 31 de Dezembro de 2016, e encoraja o Governo congolês a “criar sem delongas as condições necessárias à realização de eleições livres, transparentes, abertas e pacíficas, em particular na perspectiva das eleições legislativas e presidenciais”.

A ONU analisou, em Nova Iorque, à margem da sua 72.ª Assembleia-Geral, que terminou recentemente, o impasse na RDC, quando se aproxima o 31 de Dezembro, fim do prazo para, à luz do acordo de São Silvestre, serem realizadas as eleições presidenciais.

O encontro decorreu à porta fechada, sem a presença do Chefe do Estado congolês, mas com a dos seus principais opositores, Félix Tshisekedi e Moïse Katumbi, que exigiram uma “transição” sem Joseph Kabila para a preparação das eleições e apontam àquele responsabilidades “no desrespeito da Constituição e do acordo de 31 de Dezembro de 2016”.

Kinshasa prometeu publicar em breve um calendário eleitoral “realista”, após ter recenseado mais de 40 milhões de eleitores, sem incluir a região do Kasai.

A Comissão Eleitoral Independente considerou que a publicação do calendário estava ligada aos vários pré-requisitos, nomeadamente o voto de algumas leis no Parlamento.