MÚSICA. Ndaka Yo Wiñi é o único representante de Angola, na 20.ª dição do Festival Internacional de Jazz, que decorre de 29 a 30 de Mraço, na África do Sul.

Músico, compositor e investigador cultural, Ndaka Yo Wiñi é o único angolano a participar na 20.ª edição do Festival Internacional de Jazz, marcado para 29 e 30 de Março, na Cidade do Cabo, África do Sul.

O músico, que é acompanhado pela sua banda, promete apresentar um repertório inédito e vai partilhar o palco com grandes referências internacionais do jazz, como Richard Bona, Soweto Gospel Choir, Ntsika, Chaka Khan, entre outros de um total de 40 artistas. Ndaka Yo Wiñi começou a carreira em 2011 e destacou-se pela promoção da sua língua materna, de sonoridades tradicionais, em que exalta as influências ancestrais, desenvolvendo registos locais da música étnica, a sua maior influência. Com uma carreira em ascensão, é hoje uma das maiores vozes do afro jazz angolano. Trouxe ao público o género denominado ‘Lundongo’, que defende um ritmo ancestral de berço. Representou Angola em vários festivais de Jazz no Brasil, Portugal e Itália, além de vários outros em Luanda. Fez a trilha sonora do filme ‘Do outro lado do mundo’. Tem gravado o álbum ‘Olukwembo’ e venceu o Top Rádio Luanda 2016 na categoria ‘Afro Jazz’.

Nascido a 5 de Janeiro de 1981, no Lobito, Adriano Dokas, seu nome de registo, é descendente de guineenses pelo lado paterno. Vindo de uma família onde os pais e os avós eram músicos e bailarinos, seguiu os mesmos passos desde muito cedo, como também, manteve contacto com as culturas tradicionais do sul do país, passando por Benguela, Huíla e Huambo, onde aprendeu a falar fluentemente o umbundo.