ANGOLA GROWING
CÂMARA COM INFRAVERMELHOS

Novas tecnologias para analisar documentos antigos

Investigadores alemães desenvolveram uma nova tecnologia para analisar documentos antigos. Graças a uma câmara de infravermelhos, é possível visualizar a marca de água dos manuscritos.

 

Essa informação permite conhecer a data e a origem dos documentos. A tecnologia está a ser testada na Biblioteca de Berlim. “Quando coloco o papel, neste prato quente posso ver a marca de água e nesse momento preciso posso gravá-la e transmitir essa informação ao computador. Nesse período curto de alguns segundos posso ver a imagem de forma bastante clara, mas, sem a tinta. É esse o princípio”, sublinhou Hagen Immel, um dos investigadores envolvidos no projeto.

Até ao início do século XX, os fabricantes de papel colocavam uma marca de água nos produtos que funcionava como um logótipo. “As marcas de água são particularmente importantes quando analisamos documentos manuscritos e quando queremos determinar a idade de um documento e onde foi escrito. Podemos descobrir a data e onde o documento foi escrito mais facilmente graças à marca de água”, explicou Martina Rebmann, diretora do Departamento de Música da Biblioteca de Berlim.

A tecnologia baseada na câmara de infravermelhos foi desenvolvida pelo Instituto Fraunhofer e pela Universidade de Braunschweig. O sistema pode ser aplicado a vários tipos de obras. O único senão é o preço. A máquina custa cerca de 100 mil euros. No futuro, os investigadores esperam poder desenvolver um modelo mais pequeno e mais barato.