PROJECTO DE REESTRUTURAÇÃO EM ESTUDO

Obras do Hotel Panorama arrancam em 2019

HOTELARIA. Emblemática unidade deverá, nos próximos três a quatro anos, ser reaberta com serviços de um hotel de cinco estrelas.

 

Obras do Hotel Panorama arrancam em 2019

As obras de reabilitação do Hotel Panorama devem arrancar entre finais de 2019 e início de 2020, num investimento não inferior a 50 milhões de dólares, adiantou ao VALOR o presidente do conselho de administração (PCA) da unidade, Durbalino de Carvalho.

Segundo o gestor, nesta fase, decorre a elaboração do estudo de concepção do projecto, trabalho levado a cabo por uma equipa de engenheiros contratados pela Fundação Sagrada Esperança, a proprietária da unidade hoteleira.

O novo rosto do Panorama poderá ser trazido a público nos primeiros meses do próximo ano e deverá contemplar trabalhos de reabilitação, ampliação e transformação do hotel.

Ao contrário do novo orçamento, a reabilitação da unidade ficou estimada em 12 milhões de dólares, em 2005, quando ainda se encontrava sob a gestão da empresa Panaget, então contratada do Ministério da Hotelaria e Turismo que detinha o imóvel.

Durbalino de carvalho explica que a diferença de orçamentos se deve aos objectivos dos anteriores proprietários que pretendiam fazer apenas uma reabilitação superficial, para que fosse colocada ao serviço no CAN 2010.

Com uma nova perspectiva, a nova gestão pretende agora transformar o Panorama “no mínimo” num hotel de quatro estrelas, mas com serviços de cinco. A meta é “equiparar-se ao hotel Epic Sana”, antecipa Durbalino de Carvalho, que descarta a demolição do actual edifício, após uma avaliação técnica que determinou a segurança da estrutura. “Tendo em conta o valor imaterial do edifício, fizemos, em conjunto com o Laboratório de Engenharia de Angola, um diagnóstico à estrutura, onde se concluiu que o estado não é tão grave que seja necessário demolir, podendo conservar-se a arquitectura do hotel”, precisou o gestor, apontando para a possibilidade de ser construído, em paralelo, um bloco novo para “acomodar um conjunto de exigências para um hotel de cinco estrelas”.

Detalhando as alterações no projecto, o PCA do Panorama garante que serão essencialmente no interior, onde os estudos preliminares apontam para entre 150 e 200 quartos, duas piscinas, entre outras valências.

Desde já, o nome do hotel vai manter-se, mas a nova gestão não afasta ajustes que lhe deverão conferir “um charme mais moderno”.

O hotel foi comprado há cerca de dois anos pela Fundação Sagrada Esperança, que se viu “no dever” de preservar o valor cultural da estrutura, face à degradação a que estava sujeita. “Foi uma devolução de um património e um serviço aos angolanos”, comentou o gestor que garante ter “praticamente regularizada” toda a parte burocrática, relacionada com dívidas com ex-trabalhadores, com fisco e impostos.