E nesses dias que andaram, foi só vir à tona o relatório da ONG CARE, segundo o qual a crise humanitária em Angola é das mais esquecidas no mundo, tanto pelos média, quanto pelos governantes, que o Executivo já começou a tirar as cartas da manga.

Como se Paulo Flores já não nos tivesse alertado que os heróis só chegam depois, para sair na foto, ou neste caso, na televisão de todos nós, que se empenha extraordinariamente para fazer parecer que o Governo tem intenção de prestar a atenção devida às vítimas das secas.

A televisão que devia ser de todos nós lá esteve, na reunião onde o ministro das Telecomunicações jurou que agora vamos usar tecnologia espacial para dar solução aos problemas das alterações climáticas.

As câmaras também estiveram no Cunene onde, como se já estivesse tudo bem, o Executivo decidiu descontinuar um centro de acolhimento que albergava angolanos vindos da Namíbia.

Talvez esteja a pensar que esses regressados da Namíbia tenham saído do país durante os conflitos armados, mas não…  

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