Opositor de Maduro morre na prisão
O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, reforçou esta terça-feira (9) a informação das autoridades de que o líder opositor Fernando Albán, que estava detido por estar supostamente envolvido no atentado contra o presidente Nicolás Maduro, cometeu suicídio, após a oposição ter acusado o regime de o ter assassinado.
De acordo com Saab, que falou à televisão estatal VTV, "o cidadão pediu para ir à casa de banho e, uma vez lá, atirou-se do décimo andar" da sede dos serviços de informação venezuelanos. O procurador-geral anunciou que haverá uma "investigação completa".
O ministro do Interior e da Justiça, Nestor Reverol, disse que Fernando Albán cometeu suicídio quando ia ser transferido para o tribunal, referindo ainda que o opositor estava "envolvido em actos de desestabilização dirigidos do estrangeiro".
Na segunda-feira (8) à noite, dezenas de pessoas participaram numa vigília com velas em frente à sede dos serviços secretos (Sebin) enquanto gritavam, sob a vigilância de polícias que os cercavam: "não é um suicídio, é um homicídio".
O partido da oposição venezuelano Primeiro Justiça (PJ), do vereador Fernando Albán, assegurou hoje (9) que o político foi "assassinado às mãos do regime de Nicolás Maduro", recusando aceitar a tese de suicídio. Albán era vereador no município de Libertador, na capital venezuelana, Caracas, sede de todos os poderes públicos e território considerado bastião do chavismo governante.
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