ANGOLA GROWING
QUER NO MERCADO FORMAL, QUER NO INFORMAL

Pagamento por telemóvel disponível a partir de 2019

PAGAMENTO ELECTRÓNICO. Em países como o Quénia e Moçambique, as pessoas não precisam de ter uma conta bancária, basta um número de telefone e fazer toda e qualquer transacção que se faz no sistema bancário.

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O Banco Nacional de Angola (BNA) anunciou, na passada semana, que vai introduzir, a partir de 2019, o sistema de pagamentos através do telemóvel, a exemplo do que já se faz em Moçambique e no Quénia, para promover a inclusão financeira dos angolanos.

Segundo Pedro Castro e Silva, administrador do BNA, que fez o anúncio no final da sessão de abertura do VIII Encontro sobre Sistemas de Pagamento dos Bancos Comerciais dos Países de Língua Portuguesa (BCPLP), frisou que os clientes não terão necessidade de abrir uma conta bancária.

“Estamos a trabalhar com o Banco Mundial (BM) nesse processo, que começou em Março deste ano e contamos que, ao longo de 2019, possamos fazer sair nova legislação e regulamentação relacionada com o sistema de pagamentos, particularmente com os pagamentos móveis”, referiu Castro e Silva.

O administrador do banco central indicou que o novo sistema ainda não foi introduzido em Angola, uma vez que o BNA esteve sobretudo focado na implantação dos outros sistemas de pagamento electrónicos (ATM) e dos terminais de pagamento automático (TPA). “Nesse aspecto, somos um dos países mais bem posicionados na SADC, Comunidade de Desenvolvimento da África Austral. Esse foi o nosso foco”, sublinhou.

Segundo Castro e Silva, o principal objectivo do BNA foi e é promover, “cada vez mais”, a inclusão financeira, pelo que o caminho percorrido até hoje permitirá avançar para o próximo passo. “O nosso principal objectivo é cada vez mais promover a inclusão financeira, por via dos sistemas de pagamento. Estamos a falar concretamente dos pagamentos electrónicos, por via do ATM, com recurso a cartão, e, cada vez mais, aquilo que vai acontecendo noutros países de África, que são os pagamentos móveis”, disse.

“Hoje, em países como o Quénia ou Moçambique, as pessoas não precisam de ter uma conta bancária, basta terem um número de telefone e, com o telefone, podem fazer toda e qualquer transacção que se faz no sistema bancário. Sempre tivemos a preocupação da inclusão financeira e pensamos que é através do telemóvel que se pode agora promovê-la” em Angola, “quer no mercado formal quer no informal”, notou.