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Prejuízos também chegam à cidade de Macau

Poluição atmosférica compromete saúde financeira de Hong Kong

POLUIÇÃO. Cidades registaram, na semana passada, níveis de poluição atmosférica perigosos para saúde. A concentração média das partículas PM é de 2,5, a mais lesiva.

Macau e Hong Kong registaram, na passada semana, níveis de poluição atmosférica considerados perigosos para a saúde, com a concentração média das partículas PM 2,5, as mais lesivas, a atingir picos bastante acima do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

A informação disponibilizada na página de Internet da Direcção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) indicou que, às 18 horas de quarta-feira, por exemplo, Macau registava valores das PM 2.5 entre os 100 e 140 microgramas por metro cúbico, bastante acima do limite recomendado pela OMS, que estabelece uma média diária de 25. Duas horas mais tarde, o índice das PM 2.5 nas várias zonas na região de Macau tinha subido para valores que variavam entre os 100 e 160 microgramas por metro cúbico.

“Dado que hoje o vento esteve relativamente fraco, não privilegia a dispersão de poluentes na atmosfera. O principal poluente nas bermas das estradas é PM 2.5 entre os 100 e 140 microgramas por metro cúbico, segundo os Serviços Meteorológicos e Geofísicos numa resposta escrita à Lusa.

No entanto, à tarde, os poluentes no ar foram afectados pela reacção fotoquímica que ocasionou um aumento de concentrações de ozono, provocando a elevação do índice de poluição.

As medições da qualidade do ar divulgadas pela Air Quality Index China (AQICN), uma organização não-governamental do interior da China, mostraram valores de poluição atmosférica em Macau discrepantes dos que foram reportados pela Direcção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos de Macau.

A título de exemplo, o AQICN, a Calçada do Poço, no centro da Península de Macau, registava o valor de 196 microgramas por metro cúbico, enquanto a subestação Norte indicava 189.

Não obstante os valores discrepantes, os Serviços Meteorológicos e Geofísicos indicavam que, naquele momento, a prática de actividades ao ar livre era “não adequada” na berma da estrada e “não aconselhada” nas restantes quatro zonas de Macau em que são disponibilizados os valores do índice da qualidade do ar em tempo real.

Na quarta-feira, Hong Kong também registou índices de poluição atmosférica “muito elevados” e “graves” para a saúde nas áreas financeiras e comerciais mais movimentadas da cidade, de acordo com o portal do governo de Hong Kong que mede a qualidade do ar.

O departamento para a Protecção Ambiental atribuiu a concentração de poluição atmosférica a uma corrente de ar das zonas industrializadas do Delta do Rio das Pérolas e a ventos ligeiros que impedem a dispersão de poluentes, segundo o portal ‘Hong Kong Free Press’.