Povo angolano é pacífico, problema está nas lideranças, diz UNITA
O presidente do grupo parlamentar da UNITA defendeu hoje que as eleições "não são uma questão de vida ou morte" e que o povo "é pacífico", considerando que o problema está nas lideranças.
Liberty Chiaka abordou hoje, em conferência de imprensa em Luanda, algumas iniciativas da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) bem como as suas preocupações sobre o acto eleitoral, sublinhando que "não se pode travar a vontade de um povo".
"Devemos respeitar a vontade dos angolanos, a alternância do poder vai acontecer, o MPLA não vai conseguir fazer 100 anos no poder", considerou o líder partidário, questionando: "mas por que é que não podemos ter pela primeira vez eleições livres, justas e transparentes?"
Liberty Chiaka afirmou ainda que "o povo angolano é pacífico e sabe o que quer, o problema está nas lideranças", apelando a uma credibilização da política que deve ser feita com elevação e convicções democráticas.
"Quem não tiver convicções democráticas parte para uma disputa política com uma perspectiva de tudo ou nada, não pode ser uma questão de vida ou morte", realçou, acrescentando que "há uma Angola depois de 2022" que vai continuar com ou sem o MPLA ou a UNITA
"Quero acreditar que os angolanos vão participar nestas eleições de forma ordeira pacífica, como uma festa", insistiu, reafirmando que o problema está nos políticos, apontando os dirigentes políticos "que estão há 46 anos de poder e ficam preocupados com a possibilidade real de perderem este poder".
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