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A PARTIR DE 2040

Reino Unido vai banir uso de gasóleo e gasolina

ECOLOGIA. Depois de França, o Reino Unido vai proibir a venda de carros a gasóleo ou gasolina. A proibição vale para carros de passageiros e de mercadorias.

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Até 2040, o Reino Unido vai proibir a venda de automóveis movidos a gasolina e gasóleo — um compromisso que foi anunciado na semana passada pelo governo de Theresa May e que vem na sequência de uma decisão similar em França, no início deste mês. A medida integra o programa público de combate à poluição, que quer evitar os riscos associados às emissões de gases nocivos. Os automóveis híbridos também serão proibidos, porque, além de usarem electricidade, são movidos a combustível de origem fóssil.

O governo defende que esta medida é essencial para evitar os problemas de saúde que, segundo os responsáveis pelo programa, estão a afectar as populações e que estão relacionados com a qualidade do ar. Para o governo, este é o principal risco ambiental para a saúde pública, que pode chegar num só ano a custar ao país 2,7 mil milhões de libras em produtividade perdida.

“A baixa qualidade do ar é o maior risco ambiental para a saúde pública no Reino Unido e o governo está determinado a tomar medidas robustas no prazo mais curto possível”, disse um porta-voz do governo, citado pelo The Guardian.

O plano de protecção da qualidade do ar está avaliado em três mil milhões de libras, quase quatro mil milhões de euros, dinheiro que será usado na criação de zonas de ar limpo e em investimentos em transportes públicos, bem como em infra-estruturas.

O poder local será incumbido (e receberá fundos) para acabar ou atenuar os chamados ‘pontos negros’, as 81 estradas em 17 cidades britânicas onde as emissões ultrapassam os limites definidos pelas autoridades europeias.

Deverá haver agravamentos dos impostos sobre os carros movidos a combustíveis fósseis, mas o governo tem procurado fugir à ideia de que esteja prestes a ‘castigar’ os automobilistas. Admitem-se estímulos ao abate de veículos, algo que vinha sendo pedido pelas associações de automobilistas, mas, para já, não há qualquer compromisso nesse sentido.