Seguro multi-riscos habitação pode chegar a 48 mil kwanzas
SEGUROS. Algumas seguradoras já estão de ‘olho’ no anúncio de que o seguro habitação multi-riscos vai passar a ser obrigatório.
O preço do prémio de seguro de habitação que as seguradoras oferecem depende das características do imóvel, tipologia, ano de construção, valor da moradia e as coberturas contratadas. A ENSA referiu que os preços para um imóvel T5, numa das centralidades, adquirido a um preço de 25 milhões de kwanzas, poderá ter um prémio de mais de 48 mil kwanzas, por ano. Para uma moradia T3A numa das centralidades, a sete milhões de kwanzas, o proprietário deverá pagar mais de 22 mil kwanzas, por ano, sendo que o pagamento poderá ser parcelado. A Universal Seguros garantiu também, ao VALOR, que oferece um pacote de cobertura de mais de 28 riscos, incluindo incêndios, inundações, riscos eléctricos e indemnização por furto ou roubo.
Depois do anúncio da ministra do Urbanismo e Habitação, Branca do Espírito Santo, no final de uma reunião conjunta da Comissão Económica do Conselho de Ministros, de que este seguro vai ser obrigatório nas centralidades, muitos residentes afirmaram não terem condições de o pagar, face à queda do poder de compra, devido à crise. O economista Salim Valimamade lembra, entretanto, que o seguro habitação constitui uma medida de precaução “para prevenir danos nas moradias”.
PROCURA 'TÍMIDA'
O seguro multi-riscos habitação tem uma demanda considerada ‘tímida’ face aos seguros obrigatórios. A ENSA refere que, não obstante o seguro ser “muito” barato, a procura é baixa, facto corroborado pela Universal Seguros, que acredita que a “nova obrigatoriedade será a oportunidade para dar a conhecer mais este produto e para uma tomada de consciência sobre a importância de proteger os activos das famílias”.
JLo do lado errado da história