O CEO do Standard Gestão de Activos defende que os depósitos a prazo feitos nos bancos não garantem o mesmo retorno que se pode ter ao investir nos fundos e acredita que o mercado angolano é apetecível para o negócio do mercado de capitais. Para António Catana, o investimento nos fundos de gestão de activos pode ser uma alternativa para se ganhar dinheiro e para se contornar as constantes subidas da inflação no país.

O Standard Gestão de Activos foi criado há um ano. Qual é a avaliação que faz do mercado? 

Fomos mandatados pelo Grupo Standard Bank para fazer um projecto diferente do que havia em Angola e nós pretendemos ajudar os angolanos, independentemente do seu património, a terem acesso às melhores oportunidades do mercado. Isto não é só para clientes de elevado património, não é só para grandes instituições. Até para o angolano mais comum é possível, no fundo, aplicar dinheiro no mercado e tirar rendimento disso. E é isso que nós queremos. Ou seja, o que queremos é, através de uma solução diferente, permitir que todos os angolanos possam ter boa rentabilidade na sua proposta. Portanto, a avaliação que faço depois, basicamente, de um ano de actividade, é que estamos muito contentes com os clientes que já temos e principalmente com os indícios que temos que mais clientes estão a caminho. Queremos disseminar isto pelo mercado.

Os níveis elevados da  inflação, de alguma maneira, representam algum desafio nesse plano de crescimento do Fundo?

Sabemos que há aqui um grande desafio, que é a inflação que o país enfrenta, e sabemos que não vai ser simples, mas uma das formas que os angolanos têm de minimizar esse efeito da inflação é claramente investir nos fundos. Deu para perceber que as rentabilidades que atingimos são muito boas. O que é que a Standard Gestão de Activos traz de diferente? É a possibilidade de as pessoas poderem investir directamente connosco através de uma App, de um website e, além disso, poderem ter acesso a rentabilidades excepcionais que depois lhes permitem ir poupando o seu dinheiro. É esse caminho que queremos fazer. 

Qual é carteira actual de clientes e qual é o volume de transacções actualizado?  

Temos clientes registados que ainda não subscreveram. Portanto, se calhar, mais importante do que falar em clientes, é falar em participantes. E dos que tenham subscrito unidades de participação nos fundos, já temos 424 participantes. Este número pode parecer pequeno, mas não é. Se olharmos para as sociedades gestoras que existem em mercado com muito mais tempo, já somos a segunda, em termos de número de participantes. Significa que estamos a fazer o nosso percurso, ou seja ontem eram 424 participantes, mas acho que hoje vão ser mais porque todos os dias estamos a ter novos participantes. Neste momento, activos sob gestão, temos cerca de 18 mil milhões de kwanzas, divididos por três fundos. A nossa expectativa é que este montante vá continuar a crescer porque as pessoas estão a ver que é uma alternativa altamente interessante, estão a aumentar os valores e estão a falar, estão a passar a mensagem. Portanto, o ano de 2025 para nós é fundamental. O ano de 2024 foi para lançar os fundos, lançar as bases. O 2025 é de crescer, chegar a todos os angolanos. 

Para ler o artigo completo no Jornal em PDF, faça já a sua assinatura, clicando em 'Assine já' no canto superior direito deste site.