Teresa Dias considera “irrealista” e “fora do comum” salário mínimo de 250 mil kwanzas
A ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Teresa Dias, considerou “irrealista” e “completamente fora do comum” a proposta das centrais sindicais de um salário mínimo nacional de 250 mil kwanzas.
Segundo a governante, num encontro com os líderes sindicais, trata-se de uma proposta “difícil de implementar”. Citada pela Angop, Teresa Dias entende que para implementar um salário mínimo nacional de 250 mil kwanzas, “todos teriam de ter a capacidade de pagar esse valor, até para os empregados de casa".
A ministra sublinhou ainda que nem os líderes sindicais teriam essa capacidade. Sem precisar números, Teresa Dias adiantou que o Governo está a trabalhar, de forma “bastante conclusiva”, numa proposta de salário mínimo nacional. "Temos de partir do princípio que isso envolve auscultação aos sindicatos, às entidades empregadoras mais massivas do país e, por fim, uma reunião de concertação social, em que os grupos técnicos empresariais e os mais representados da sociedade civil são convocados e deliberam um consenso de todos”..
O encontro entre a ministra e os líderes sindicais decorreu em resposta ao caderno reivindicativo endereçado ao Presidente da República, em Setembro, pela União Nacional dos Trabalhadores Angolanos (UNTA – Confederação Sindical), Central Geral de Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CG-SILA) e pela Força Sindical Angolana Central Sindical (FSA-CS).
Entre as reivindicações dos sindicatos, constam o aumento do salário mínimo nacional, a melhoria das condições sociais dos trabalhadores e dos funcionários e o pagamento de subsídios de isolamento, entre outras exigências.
Venâncio Mondlene acusa João Lourenço de temer reabertura do processo ‘dívidas ocultas’