UNITA formaliza pedido de audição sobre ataque cibernético a Ministério das Finanças
A UNITA anunciou que solicitou uma audição aos ministros das Finanças e Telecomunicações e aos directores-gerais dos serviços de informações devido ao ataque cibernético contra o Ministério das Finanças.
Numa nota de imprensa, o grupo parlamentar do maior partido da oposição refere que remeteu na terça-feira ao gabinete do presidente da Assembleia Nacional a "solicitação de uma audição" aos ministros das Finanças e das Telecomunicações, assim como aos diretores-gerais do Serviço de Inteligência e Segurança do Estado e do Serviço de Inteligência Externa de Angola.
"Passados vários dias desde o referido ataque cibernético, nada mais foi comunicado nem aos funcionários muito menos aos cidadãos, algo que preocupa sobremaneira ao grupo parlamentar da UNITA", refere a nota.
Na semana passada, o líder da bancada da UNITA, Liberty Chiaka, tinha anunciado a vontade de pedir a audição destes responsáveis, assinalando então que esta decorria da "preocupação de se perceber a gravidade" do ataque cibernético de que foi alvo aquele órgão ministerial.
O Ministério das Finanças (Minfin) anunciou, em 22 de fevereiro, que a plataforma tecnológica de apoio às suas atividades com acesso aos emails e pastas partilhadas foi alvo de um ataque cibernético no dia 17 de fevereiro, "com origem e motivações não identificadas".
Não obstante a situação, referiu o Minfin num comunicado divulgado no seu site, os sistemas de arrecadação de receitas, entre os quais o Portal de Serviços, Portal do Contribuinte e o Sistema Integrado de Gestão Financeira do Estado, "encontram-se em pleno funcionamento".
O Minfin garantiu que o Serviço de Tecnologias de Informação e Comunicação das Finanças Públicas (SETIC-FP) está a identificar "o alcance da perturbação e os potenciais constrangimentos causados nos postos de trabalho do Ministério das Finanças e organismos tutelados, principalmente o programa de desmaterialização da correspondência interna e externa".
As equipas do SETIC estão desde o ataque a trabalhar na "solução e normalização do sistema de emails e da pasta de documentos partilhados, mitigando assim os impactos de tal situação na produtividade dos funcionários das Finanças Públicas".
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