Fundo Monetário Internacional (FMI) coloca à disposição dos países cerca de 650 mil milhões de dólares, enquadrados no programa dos Direitos Especiais de Saque (DES).

Segundo um comunicado da instituição, os DES passam a ser distribuídos aos países na proporção das quotas no FMI, estimando que 275 mil milhões de USD irão aos países emergentes e em desenvolvimento, entre os quais os países de baixa renda que receberão cerca de 21 mil milhões, o equivalente a até 6% do PIB em alguns casos.

O documento assinado pela directora-gerente, Kristalina Georgieva, refere que, para ampliar os benefícios dessa alocação, o organismo está a incentivar a canalização voluntária de alguns DES de países com fortes posições externas para os países mais necessitados. Alguns membros já se comprometeram a emprestar 24 mil milhões, incluindo 15 mil milhões de seus SDR existentes para o Fundo de Redução e Crescimento da Pobreza do FMI, que fornece empréstimos concessionais a países de baixa renda.

A alocação passa ser a maior da história. Ssegundo o FMI, é um componente crítico do esforço mais amplo para apoiar os países durante a pandemia, que inclui 117 mil USD em novos financiamentos para 85 países, alívio do serviço da dívida para 29 países de baixa renda, e aconselhamento político e apoio ao desenvolvimento de capacidade para mais de 175 países de modo a ajudar a garantir uma recuperação forte e mais sustentável.

O FMI fornece uma estrutura para avaliar as implicações macroeconómicas da nova alocação, seu tratamento estatístico e governança, e como isso pode afectar a sustentabilidade da dívida.