ZAP anuncia despedimentos
A operadora de telecomunicações Zap anunciou um processo gradual de despedimentos na sequência da suspensão, em Abril, do canal Zap Viva, por determinação do Governo, sem que se "vislumbre" data para retomar as emissões.
A Zap salienta, num comunicado, que tem levado a cabo "as necessárias diligências para a retoma da emissão em território nacional e apesar de todos os esforços, volvidos 5 meses, não se vislumbra um horizonte temporal de resolução".
Também a Vida TV, outro dos canais que o Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS) obrigou a suspender, alegando inconformidades, anunciou o encerramento em Julho, deixando no desemprego mais de 300 profissionais.
Sem mencionar quantos postos de trabalho estão em causa, a Zap anuncia no comunicado que se viu forçada a "proceder a várias medidas de optimização de diferentes áreas operacionais", entre as quais consta os recursos humanos afectos à Unidade ZAP Estúdios, responsável pela produção de conteúdos de televisão, onde se inclui o ZAP Viva.
"Isto significa que a ZAP dará início a um processo gradual de restruturação e desvinculação de um conjunto de elementos da força laboral, garantindo escrupulosamente todos os direitos dos colaboradores afectos em consonância com a legislação angolana em vigor", refere a operadora na mesma nota.
A Zap acrescenta que vai implementar um programa de apoio para cada profissional abrangido "com o objectivo de minimizar o impacto nas famílias afectadas e conduzir com dignidade e respeito cada processo de desvinculação".
No dia 21 de Abril, o Governo suspendeu os canais Record TV África, ZAP Viva e Vida TV, medida justificada com "inconformidades legais", deixando também suspensos os registos provisórios dos jornais, revistas, páginas web (site) de notícias e estações de rádio sem atividade efetiva nos últimos dois anos, cuja lista nunca foi divulgada.
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