Queixa-crime contra ACJ “sem pernas para andar”
A Procuradoria-Geral da República (PGR) garante não existir qualquer processo de inquérito aberto contra o destituído líder da Unita, Adalberto Costa Júnior, porque se trata de um assunto que “não tem pernas para andar” e, por isso, “foi arquivado”.
De acordo com o porta-voz da PGR, Álvaro João, em declarações ao NJ, a medida justifica-se porque “os factos apresentados pelo queixoso – Rui Galhardo – não reunirem os elementos bastantes que preenchem o tipo legal de crime de homicídio na sua forma tentada, o referido expediente foi arquivado”.
“Os factos imputados ao engenheiro Adalberto Costa Júnior não tinham sustentação suficiente para configurar a prática do crime de homicídio na sua forma tentada”, reforçou Álvaro João àquele jornal.
Na passada semana, o jornal português ‘Público’ escrevia que a PGR, na segunda ou terça-feira, iria investigar a queixa-crime apresentada em Março contra Adalberto Costa Júnior, por tentativa de homicídio.
Segundo o jornal português, o timing da decisão tinha que ver com o facto de a comissão política da Unita ter reunião marcada para amanhã, quarta-feira (20) para programar a data do novo congresso do partido, depois de o Tribunal Constitucional ter anulado no dia 7 de Outubro o de 2019 e, em consequência disso, a eleição de Adalberto Costa Júnior para presidente do partido.
Galhardo Silva, que se apresentou como militante de quatro décadas do partido do ‘Galo Negro’, disse que, nas cerimónias oficiais dos 55 anos da criação do maior partido na oposição, realizadas no Uíge, temeu pela vida. Na altura, disse ao Jornal de Angola que ACJ pôs a circular que ele transportava armas e ele viu-se, de repente, rodeado de militantes furiosos com a informação. Adalberto Costa Júnior, no entanto, acredita tratar-se apenas de mais uma das muitas manobras dos serviços secretos do Estado a trabalhar em prol do partido no poder.
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