A Iniciativa "Cinturão e Rota" do PCCh e a África
600 anos atrás, o famoso navegador chinês Zheng He liderou uma enorme frota e visitou muitos países africanos antigos, inclusive o Quênia por várias vezes, carregando uma grande quantidade de ouro, prata, seda, porcelana e chá para fazer negócio justo e igual com os africanos em troca de especialidades locais. A justiça e a complementaridade promoveram o desenvolvimento do comércio marítimo sino-africano. A integração da África Oriental no sistema comercial da Rota da Seda Marítima impulsionou o desenvolvimento do transporte marítimo e do comércio entre a Ásia e a África.
Em 2013, o presidente Chinês Xi Jinping propôs a construção conjunta da iniciativa "Cinturão e Rota". Até hoje, a China assinou mais de 200 documentos de cooperação para essa iniciativa com 140 países e 31 organizações internacionais. Angola foi membro do primeiro grupo africano a assinar o memorando de entendimento sobre a construção conjunta da "Cinturão e Rota" com o governo chinês. A prática tem demonstrado que a iniciativa é um mecanismo de cooperação econômica estável e sustentável que pode responder plenamente ao impacto negativo da Covid-19. Em termos de promoção da interconexão na área de infraestrutura, o caminho-de-ferro Expresso China-Europa é um caso típico. Em 2020, 12,4 mil comboios de carga circularam entre a China e Europa, carregando 1.135 milhão de contentores e cobrindo 90 cidades em 20 países europeus. Outro exemplo é o Corredor Econômico China-Paquistão, incluindo o Porto de Gwadar, infraestrutura de transporte, energia e indústria, o que melhorou a situação de segurança regional e o bem-estar do povo local.
A China é o maior país em vias de desenvolvimento, enquanto a África é o continente com a maior concentração de países em desenvolvimento. A cooperação China-África tem a base sólida e amplas perspectivas. A África é uma das direções importantes da iniciatvia "Cinturão e Rota". Já em 1970, a China forneceu assistência técnica e financeira e concretizou a cooperação tripartida China-Tanzânia-Zâmbia. Em apenas cinco anos concluíu a grande linha troncal conectando a África Oriental, Central e do Sul (de Dar es Salaam da Tanzânia até Kapirimpohi na Zâmbia) , um comprimento total de 1860.5 km do caminho-de-ferro Tanzânia-Zâmbia. De 2014 a 2017, a China construiu o caminho-de-ferro Mombasa a Nairobi, adotando o modelo de gestão de capital, design, construção, equipamento e operação totalmente da China. É uma ferrovia moderna de bitola padrão com 480 km, com a velocidade de 120 km/h para passageiros e 80 km/h para carga. 46 mil empregos foram criados diretamente para a população africana. Em Angola, existem também muitos projectos do caminho-de-ferro, rodoviários e telecomunicações que a China tem participado. Eles não só prestam assistência ao desenvolvimento da economia e da sociedade angolana, mas também ajuda Angola a aproveitar as suas vantagens geográficas com o fim de construir o elo entre o interior de África e o mundo. Por exemplo, o comboio “Orgulho da África” passa por Angola, RDC, Zâmbia e Tanzânia. Pela primeira vez na história, o transporte ferroviário de passageiros foi utilizado para ligar os oceanos Atlântico e Índico. Neste "Caminho-de-Ferro de Dois Oceanos" com 4.300 km que cruza o continente africano, o Caminho-de-Ferro de Benguela com uma extensão de 1.344 km tem sido unanimemente elogiado pelos passageiros pelas suas boas condições rodoviárias e confortável experiência de passagem. Todos estes são projetos da iniciativa chinesa “Cinturão e Rota” para conectar os objetivos de desenvolvimento da África e a Agenda 2063 da União Africana.
A China tem uma experiência de revitalização económica: "Se quiser ser rico, deve construir estradas antes". A construção conjunta China-África e China-Angola da “Cinturão e Rota” aumentará significativamente o nível de liberalização e facilitação do comércio e do investimento em África e promoverá o desenvolvimento económico e social da África. O Fórum de Cooperação China-África, estabelecido em 2000, tem sido a plataforma importante para o desenvolvimento das relações China-África, definindo a direção para a China-África desenvolver uma nova parceria estável, igualitária e mutuamente benéfica a longo prazo. É a primeira plataforma de diálogo institucional criada pela China e o primeiro mecanismo de cooperação para um continente total. Através do Fórum de Cooperação China-África e da "Cinturão e Rota", o volume de comércio China-África saltou de 10.6 mil milhões de USD em 2000 para 204.19 mil milhões de USD em 2018, um aumento de 20 vezes. A China manteve campeão comercial da África por 11 anos consecutivos. Nos últimos 20 anos, a China ajudou a África na construção de mais de 6 mil km de caminho-de-ferro, 6 mil km de estradas, 20 portos e mais de 80 instalações de energia em grande escala. O investimento direto da China na África aumentou 100 vezes, e as empresas chinesas criaram mais de 4.5 milhões de empregos aos africanos.
Acreditamos que, enraizado no solo histórico da antiga Rota da Seda, nas relações duradouras entre China-África, a cooperação das duar partes com base na igualdade, respeito, benefício mútuo e cooperação ganha-ganha, a construção conjunta da "Cinturão e Rota" certamente fará com que ambas as partes se juntarem de coração a coração, e construam uma comunidade mais próxima do futuro compartilhado China-África e China-Angola.
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