A nova era de cooperação China-África

10 Nov. 2021 Opinião
A nova era de cooperação China-África
D.R

Desde a Cimeira do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC) em Beijing (2018), a China e África trabalharam lado a lado e um grande número de projecto de cooperação foi implementado. A taxa geral de concretização das ‘Oito Acções Principais’ ultrapassou 85%. 70% do fundo de apoio, 60 mil milhões USD, foi colocado em uso ou arranjado, e os resultados foram benéficos para os povos China-África. A cooperação China-África tornou-se um exemplar para a cooperação Sul-Sul e um modelo da cooperação internacional com África. No final do corrente ano, será realizada no Senegal a 8.ª Conferência Ministerial do FOCAC, que irá promover a qualidade e nível da cooperação China-África, focalizar na cooperação de saúde, capacidade de produção, conectividade regional, agrícola, digital, protecção ambiental, segurança militar, formação de quadros, formação técnica e outras áreas-chave, e introduzir uma série de medidas práticas.

Os amigos angolanos sabem que a amizade China-África resistiu ao teste das circunstâncias e se fortaleceu com o tempo. Já no período em que África lutava pela independência e libertação nacional, éramos camaradas de armas e construímos uma amizade profunda. No período de desenvolvimento económico e vitalização de África, somos também parceiros de cooperação ganha-ganha. Durante a covid-19, lutamos juntos em solidariedade. O FOCAC é a nossa própria plataforma de diálogo colectivo e mecanismo de cooperação pragmática para a família amiga China-África. As nossas relações melhoraram e elevaram gradualmente de ‘nova parceria’ para "nova parceria estratégica", mais tarde para "parceria estratégica abrangente".

A cooperação China-África não é apenas verbal, mas também concreta. Nos 21 anos desde a criação do FOCAC, o volume do comércio China-África e investimento directo da China na África aumentaram 20 vezes e 100 vezes, respectivamente. A China é o segundo maior importador de produtos agrícolas africanos, o maior financiador bilateral de infra-estrutura de África. A China construiu milhares de quilómetros de caminho de ferro e estradas em África, como também 130 instalações médicas, 45 estádios e mais de 170 escolas. A China participou a construção de mais da metade de redes sem fio e redes de banda larga, e montou 200 mil quilómetros da fibra óptica na África. 21 mil médicos chineses foram enviados para África, 220 mil milhões de pacientes africanos foram diagnosticados e tratados por médicos chinês. A China tem sido o maior país parceiro comercial de África por 12 anos consecutivos. De Janeiro a Julho de 2021, o volume de comércio China-África atingiu 139,1 mil milhões USD, registando um aumento de 40,5%, o nível mais alto no mesmo período da história. Durante a covid-19, a China forneceu grande quantidade de assistência, incluindo materiais biossegurança e vacinas a 53 países africanos e à União Africana. A construção do edifício-sede do Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças, construído pela China, começou em Dezembro do ano passado. A China assinou planos de cooperação com 38 países africanos e lançou oficialmente o mecanismo de cooperação para hospitais China-África. Essa cooperação tem proporcionado um forte apoio à retoma do trabalho e à recuperação da economia africana.

O presidente chinês, Xi Jinping, avançou os princípios de "sinceridade, efectividade, afinidade e boa-fé" e busca do maior bem e de interesses comuns, está pessoalmente comprometido com a construção duma comunidade ainda mais forte com um futuro comum China-África e maior intercâmbio com seus homólogos africanos, promovendo assim a aceleração do desenvolvimento das relações sino-africanas. Em 2013, o presidente Xi Jinping visitou África na sua primeira viagem ao exterior como Chefe de Estado. Depois, fez quatro périplos por toda África. Recentemente o presidente Xi Jinping propôs solenemente a "Iniciativa de Desenvolvimento Global" e apelou à comunidade internacional para acelerar a implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Os líderes chineses e africanos se reuniram em 2018 em Beijing para uma cimeira histórica, na qual o presidente angolano, João Lourenço, liderou uma delegação para comparecer, e fez uma visita de Estado à China logo depois. No âmbito da Iniciativa de Cinturão e Rota, 44 países africanos e a Comissão da UA assinaram documentos de cooperação com a China. O intercâmbio humano e cultural elevou-se para um patamar sem precedentes. O Festival da Juventude China-África, o Fórum de Think Tank, o Projecto Conjunto de Estudos e Intercâmbio, o Diálogo de Alto Nível China-África sobre Redução da Pobreza e o Centro da Imprensa China-África teve grande sucesso. Foi inaugurado o Instituto China-África. Até ao momento, a China forneceu cerca de 120 mil bolsas governamentais para países africanos e estabeleceu 61 Institutos Confúcio e 44 Salas Confúcio em cooperação com 46 países africanos. Na Universidade de Agostinho Neto, em Luanda, estabeleceu-se um Instituto Confúcio para divulgar a cultura chinesa aos alunos angolanos.

África é um continente cheio de potencial e suas perspectivas de desenvolvimento são infinitamente brilhantes. China e Angola são parceiros e irmãos sinceros e confiáveis. Os dois países persistem em levar adiante a boa tradição de solidariedade e assistência mútua. Gostaria de dizer que cada reunião do FOCAC é sempre um convívio de bons amigos, irmãos e parceiros na perspectiva da nova era de cooperação China-África. Estou convencido que, com os esforços conjuntos China-África, o mecanismo do FOCAC irá conduzir a cooperação bilateral a florescer e dar frutos, e fará novas contribuições para a comunidade China-África mais próxima com destino compartilhado. A China está disposta a navegar no mesmo barco com irmãos africanos e escrever um novo capítulo da cooperação amigável China-África!