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ADVOGADOS REALIZAM EVENTO A 2 DE JULHO 

Aconselhamento jurídico gratuito em Luanda

29 Jun. 2022 António Miguel De Jure

ADVOCACIA. Pelo menos 50 advogados, de diferentes áreas de actuação, vão participar numa acção de prestação de assistência jurídica gratuita.

 

Aconselhamento jurídico gratuito em Luanda

O Conselho Provincial de Luanda (CPL), da Ordem dos Advogados de Angola (OAA), vai, a 2 de Julho de 2022, prestar assistência jurídica gratuita à população, no município de Cazenga, em Luanda.

Durante quatro horas (das 9 às 13 horas), pelo menos 50 advogados estarão disponíveis para ouvir as preocupações, do ponto de vista jurídico, das pessoas que afluírem ao Campo das Mangueirinhas, Distrito Urbano do Kima Kieza. O aconselhamento jurídico incidirá sobre as diferentes áreas do Direito, designadamente penal, familiar, administrativo e económico.

“Há quem esteja em situação de conflito, no local de trabalho, outros com problemas familiares, como divórcio ou direito à herança. Também temos registadas preocupações relativas ao direito do consumidor. Portanto, estaremos à disposição da população”, explica a porta-voz do evento, Eva Baio.

O objectivo da organização é o de aumentar a consciência jurídica da população, mas também, segundo Eva Baio, acudir pessoas que não tenham condições financeiras para pagar a assistência jurídica. “Há muitas pessoas que passam por determinadas situações, mas por desconhecerem os seus direitos, não conseguem agir ou quando agem, fazem-no tardiamente”, sublinha. No entanto, quem tiver capacidade financeira poderá, durante o evento, contratar um advogado, enquanto os que não puderem, deverão preencher a ficha de assistência jurídica gratuita, para que tenham um advogado indicado pela OAA. “Esperamos que haja o maior número de pessoas possível. Quanto mais, melhor”, deseja a porta-voz, acrescentado que a acção se enquadra no âmbito da responsabilidade social dos advogados e é realizada sob lema ‘Tenda do Cidadão’.

Entretanto, os advogados têm estado a lamentar o facto de OAA fazer os pagamentos da assistência e patrocínio judiciário à posteriori e nunca no início da acção, o que dificulta as diligências relacionadas com os processos.

De acordo com a Constituição, é dever do Estado assegurar às pessoas com insuficiência de meios financeiros, mecanismos de defesa pública com vista à assistência jurídica e ao patrocínio forense oficioso, a todos os níveis.

O bastonário da OAA, Luís Monteiro, já veio a público dizer que o Orçamento Geral do Estado do ano de 2021 tinha previsto um montante de 284,1 milhões de kwanzas destinados à assistência e patrocínio judiciário, mas a OAA recebeu apenas 129,3 milhões, cerca de 45,52% do previsto.

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