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Dívida leva doentes a passarem dificuldades

Angola deve a Portugal cinco milhões de euros em atendimento médico

A dívida de Angola com tratamento médico de cidadãos angolanos em Portugal ronda os cinco milhões de dólares, anunciou esta semana o embaixador angolano em Lisboa, Marcos Barrica.

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O embaixador disse que, por essa razão, os doentes em tratamento em Portugal passam por dificuldades. "Há dificuldades reconhecidas, que não são novas, periodicamente temos vindo a reportar e estamos a acompanhar.

Há dificuldades temos que reconhecer isso", afirmou Marcos Barrica, em declarações à RNA. Segundo o embaixador de Angola em Portugal, essa questão "está em vias de resolução", porquanto "há um esforço muito grande por parte do Estado angolano para resolver a dívida".

"E tem vindo a ser resolvida, essa divida é repartida em várias áreas, não só na área clínica, mas também em todos os domínios conexos, por exemplo, o alojamento dos doentes e acompanhantes, estão nas pensões e às vezes em casas particulares, o transporte e o subsídio que recebem mensalmente, tudo isto configura-se então na dívida que se tem", explicou o diplomata.

Marcos Barrica informou ainda que o Ministério da Saúde enviou há bem pouco tempo uma delegação, dirigida pela Junta Nacional de Saúde, para fazer uma radiografia da situação do sector da saúde.

"Estamos crentes que com o trabalho feito e com as conclusões recolhidas poderão sim estar em melhores condições para a solução que se espera seja encontrada", frisou.

Há um ano, o ex-ministro da Saúde, Luís Gomes Sambo, afirmou que o Estado estava a resolver o problema da dívida que contraiu com países para onde são transportados doentes, entre os quais Portugal, mas sem avançar o valor da mesma. "Conformo que temos evacuado muitos doentes e ultrapassado a capacidade orçamental, estamos neste momento a resolver o problema da dívida, estamos a pagar a dívida, ao mesmo tempo que estamos a diminuir o número de doentes evacuados para esses países", disse Luís Gomes Sambo.