LIBERDADE DE IMPRENSA. Comité de Protecção de Jornalistas registou a prisão de 320 jornalistas em todo mundo em 2023. A prisão do jornalista Carlos Alberto volta a colocar Angola no Censo depois de 24 anos.

Angola integra, pela primeira vez, desde 1999, o Censo Prisional do Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), relatório sobre os jornalistas presos nos diferentes países. 

Angola surge no ranking com um dos 47 presos na África Subsariana. Trata-se do jornalista Carlos Alberto, que foi condenado por difamação, denúncia caluniosa e abuso da liberdade de imprensa, num caso em que o queixoso foi o antigo vice-procurador-geral da República Mota Liz. Alberto foi preso em Setembro para cumprir uma pena de prisão de três anos.

Em exclusivo ao Valor Económico, Ângela Quintal, coordenadora do programa de África do Comité de Protecção dos Jornalistas disse que “o regresso de Angola ao censo do CPJ de jornalistas presos, pela primeira vez em 24 anos, continua a ser um conto lamentável de como as leis de difamação criminosa da era colonial têm sido usadas abusivamente para criminalizar e silenciar o jornalismo independente no país. Trata-se de uma ferramenta contundente para censurar e manter sob controlo e aquiescência a generalidade dos meios de comunicação social”. 

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