Aposta no mercado da formação online
EMPREENDEDORISMO. Plataforma reduz gastos avultados na formação e capacitação de funcionários de empresas públicas e privadas, garante Ary de Carvalho, director da empresa. Além de promover o auto-emprego.
A empresa criada por três jovens angolanos lança-se no mercado da formação online, criação e transformação de conteúdos digitais, ramo pouco explorado em Angola, cada vez mais necessitado devido às mudanças que o mundo observa fruto da tecnologia, factor imperioso para a actualização do conhecimento. Entretanto, perante a nova dinâmica, muitos não dispõem de tempo para se fazerem presentes numa formação e refrescamento, e as empresas são obrigadas a despender avultadas verbas para manter o quadro de acordo com os desafios do mercado.
Para Ary de Carvalho, director da Messene Digital, essa realidade será invertida com o surgimento da plataforma, uma vez que facilitará o acesso a um universo de mais de 52 cursos de qualidade a preços, que considera “acessíveis”, permite às empresas economizar “boa parte do dinheiro aplicado na capacitação dos recursos humanos.”
“Há empresas espalhadas em várias zonas do país, como é o caso dos bancos, que ministram anualmente aos seus funcionários 20 cursos. Caso tenham mil trabalhadores os gastos são onerosos, fica mais fácil fazerem o curso online – todos cursam ao mesmo tempo –, evitam-se gastos com deslocações, alimentação e acomodação”, aponta.
Assume o desafio de mudar a forma de pensar e dominar o mercado, embora ainda o acesso à internet seja limitado, acredita no êxito porque muitos cidadãos têm acesso a computador, smartphones e tablets.
A plataforma conta com a parceria de instituições portuguesas, americanas e nacionais, de entre as quais do Instituto Nacional do Emprego e de Formação Profissional (Inefop) na certificação de cursos, dentro em breve estabelece com o Instituto Nacional da Aviação Civil (Inavic) para incluir na lista os ligados a aviação. Nesta primeira fase, está a facilitar o processo de formação online de quadros de 12 empresas, em matéria de Seguros.
Com a taxa de desemprego acentuada, Ary de Carvalho explica que a plataforma é também um meio de auto-emprego, pois possibilita formadores de diversas áreas cadastrarem-se, ministrarem formação online no período à sua escolha. “A formação muda muito, estamos disponíveis para fazer parceria com formadores independentes, eles podem incluir os seus cursos, basta fazer chegar o conteúdo, e estipular o preço”, faz saber.
Até então, muitos angolanos recorriam às plataformas de formação online estrangeiras para fazer formação de curta duração. Por conta da crise, este número reduziu significativamente pelo facto de o pagamento ser efectuado por moeda estrangeira.
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