RELATÓRIO. Sector informal empregou quase mais um milhão de pessoas, 11 vezes mais do que o gerado pelo formal, elevando a taxa de informalidade para os 80%, uma das mais altas do mundo.

Guilherme Francisco
FINANÇAS PÚBLICAS. Autoridades angolanas não fizeram até ao momento nenhum pedido formal, estando, entretanto, em curso discussões “discussões informais” sobre um novo programa, além da execução do vigente.
Gastos com o Prodesi superam em mais de 40 vezes...
BALANÇO. Volume das divisas desembolsadas para a compra de produtos alistados no Prodesi disparou para 44,37%, ao totalizar em três meses 631,093 milhões de dólares. Programa desenhado para a captação de mais dólares está a funcionar completamente em sentido contrário. Vendas mantêm-se insignificantes.
BANCA. Sete bancos praticam preços de abertura de conta muito acima do salário mínimo, enquanto dois ficam muito próximos. Para abertura de conta no banco, com o valor mais alto do mercado, um angolano que aufere 70 mil kwanzas teria de juntar o salário durante aproximadamente quatro anos.
Não entende a razão pela qual as instituições bancárias tratam “muito mal” os clientes, considera “inadmissível” que os bancos “olhem mais para a mais poupança dos clientes e menos para os clientes”. O presidente da Associação de Defesa do Consumidor de Produto e Serviço Bancário (Acosbanc), Nelson Prata Marcos, mostra-se avesso às taxas e comissões aplicadas, observa que as instituições querem aumentar os lucros com estas medidas não se importando que contribuem para o empobrecimento das famílias angolanas. Ao mesmo tempo, identifica um contrassenso na inclusão financeira perante o aumento do valor mínimo para abertura de contas bancárias.
Que venham mais déspotas e autocratas!