ZUNGUEIRA
FALTA DE INVESTIMENTO NA PESQUISA

OPEP alerta para o risco de défice de 23 milhões de barris/dia

PETRÓLEO. Aumento da procura exige investimentos avultados tanto na produção como na pesquisa. Organização estima que deverá manter a maior fatia da matriz energética em 2050, com quase 30%.

OPEP alerta para o risco de défice de 23 milhões de barris/dia

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) estima um enorme défice no mercado de petróleo de 23 milhões de barris/dia até 2030, se existir ruptura no investimento na indústria global de upstream. E defende também investimentos globais cumulativos relacionados ao petróleo de 17,4 mil milhões de dólares para atender à procura de energia até 2050.

Estas pesrepctivas foram apresentadas pelo secretário-geral da organização, Haitham Al Ghais, na 24ª Conferência e Exposição da Semana de Energia de Petróleo e Gás da Nigéria (NOG), realizada esta terça-feira, 1 de Julho. 

“Espera-se que a população mundial aumente de cerca de 8,2 biliões em 2024 para quase 9,7 bilhões até 2050. Esse crescimento concentrar-se-á quase inteiramente na região não pertencente à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (não OCDE). Além disso, espera-se que quase 1,9 bilião de pessoas se mudem para as cidades até 2050. Isso equivale a adicionar cerca de 111 cidades, do tamanho de Lagos, ou 452 cidades, do tamanho de Abuja, ao cenário urbano global”, antecipou.

Al Ghais afirmou que, para atender à crescente procura mundial por energia, os níveis de investimento em todas as energias precisam aumentar significativamente, salientando que o Panorama Mundial do Petróleo da OPEP prevê um crescimento de 23% na procura global por energia primária entre agora e 2050. 

“Embora isso desafie a infra-estrutura energética, também representa uma oportunidade para mitigar a pobreza energética para os cerca de 675 milhões de pessoas que continuam sem acesso à energia e os 2,3 biliões que não têm combustíveis limpos para cozinhar. Essas tendências por si só demonstram que acelerar o progresso energético global exigirá claramente todas as energias, especialmente os hidrocarbonetos”, defendeu. 

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