Dívida garantida por petróleo reduz 11,9% nos primeiros seis meses do ano
A dívida angolana garantida pelo petróleo reduziu 11,9% nos primeiros seis meses do ano. Em Dezembro do ano passado, a dívida estava em 10,15 mil milhões de dólares, e até Junho deste ano, esse valor recuou para os 8,94 mil milhões de dólares.

Os dados são do Boletim trimestral da dívida pública referente ao segundo trimestre de 2025. O boletim engloba a dívida interna, a dívida externa e as empresas públicas.
A dívida com colateral do petróleo é mantida essencialmente com dois bancos chineses. Fora da equação desse tipo de empréstimos deixaram de constar um grupo israelita com ligações ao grupo Mitrelli e um banco brasileiro.
Em 2023, o Governo tinha considerado que a relação financeira com a China tinha mudado e que o petróleo tinha deixado de ser usado como garantia dos empréstimos. De lá para cá, os valores têm reduzido significativamente.
Já o ‘stock’ da dívida governamental aumentou 1,16 mil milhões de dólares no segundo trimestre deste ano e atingiu os 61,93 mil milhões de dólares, 55,77% do PIB em 2024.
Em comparação com 2024, a primeira metade de 2025 apresentou um aumento em 4,17% justificado maioritariamente pelo efeito das emissões de instrumentos de curto prazo para efeitos de antecipação de receita orçamental no ‘stock’.
“A decomposição do Stock por moeda permite aferir que, ao longo do trimestre, observou-se uma redução na dívida em moeda estrangeira e um ligeiro aumento na dívida em moeda nacional. Essa evolução baseou-se na necessidade de se alcançarem níveis mais reduzidos de exposição externa e cambial ao nível do Stock de dívida”, lê-se no relatório do Unidade de Gestão da Divida.
No que concerne aos fluxos, o segundo trimestre de 2025 apresentou uma redução no ritmo dos desembolsos, com as emissões na dívida interna a reduzirem em 31,21% e a dívida externa em 17,71% face ao trimestre anterior. No domínio dos resgates, observou-se um aumento em 2,86% na Dívida Externa, o que, tendo em conta o valor das captações de financiamento externo, justificou uma redução líquida do endividamento externo Governamental. Quanto aos resgates de instrumentos de dívida interna, neste período, verificou-se uma desaceleração trimestral face ao trimestre anterior na ordem dos 11,65% enquanto na externa registou-se um ligeiro aumento de 2,86%.
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