Banco Mundial desembolsa 500 milhões USD para projecto de água
PARCERIA. Governo negoceia com Banco Mundial financiamento para sector das águas, que, entre 2013 e 2016, chegou a 177 milhões de dólares.
Projecto de Desenvolvimento Institucional do Sector das Águas (PDISA), que prevê cobrir 100% das áreas periurbanas e 80% das zonas rurais, terá sido executado em apenas 41%, “estando a faltar mais dinheiro para se atingir a meta”, revelou ao VALOR fonte conhecedora do processo, financiado em mais de 50% pelo Banco Mundial (BM).
Com um orçamento inicial de 113 milhões de dólares, o projecto arrancou em 2013 e foi co-financiado pelo Governo em 49,7 milhões de dólares e pelo BM em 50,3 milhões de dólares, de acordo com os dados oficiais.
No quadro das reuniões de primavera de Bretton Woods, a delegação angolana, chefiada pelo ministro das Finanças, Archer Mangueira, abordou com o Banco Mundial a necessidade de se continuar a financiar o PDISA.
O VALOR apurou, no entanto, que o BM deverá desembolsar mais 500 milhões de dólares num novo projecto voltado às águas denominado PDISA II, desta vez, num co-financiamento da Agência Francesa de Desenvolvimento e do Governo, visando fortalecer a capacidade institucional de agências seleccionadas do sector de águas e aumentar a cobertura de serviços de água em cidades-alvo.
No essencial, o projecto governamental prevê a reabilitação e a expansão das infra-estruturas físicas do sistema de abastecimento de água, a construção de mais redes de distribuição e de ligações domiciliárias.
O PDISA prevê beneficiar populações das áreas periurbanas com água potável, em 18 capitais de províncias, com 12 projectos já concluídos e de 132 sedes municipais. Bié, Huíla, Huambo, Malanje, Moxico, Kwanza-Norte, Uíge, Kuando-Kubango e Zaire foram as províncias inseridas no PDISA I, ou seja, na fase inicial.
O financiamento do BM ajudou também na criação de novas empresas provinciais de águas e saneamento e, até 2016, a contribuição desta instituição financeira ascendeu aos 177 milhões de dólares.
ÁGUA PARA TODOS EXECUTADOS EM 63, 6%
Paralelamente ao PDISA, o ‘Programa Água para Todos’ (2013-2017) tem como meta abranger 80% da população rural. Mas, até finais do ano passado, segundo o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, atingiu um grau de execução de 63, 6%. O responsável garantiu, na altura, que, até 2017, poderá ser concluído. O ‘Programa Água para Todos’ é destinado apenas para o meio rural e não para as cidades e vilas.
Os projectos do sector das águas, além do BM, contam também com o financiamento do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).
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