Banco Sol liberta 670 milhões de kwanzas para o turismo
CRÉDITO. Montante surge de um protocolo entre o Ministério da Hotelaria e Turismo e o Banco Sol e vai dar cobertura a projectos de fomento à indústria do turismo. Acordo vai durar cinco anos renováveis e prevê alocação por classe de empresas.
Um protocolo assinado entre o Ministério da Hotelaria e Turismo (Minhotur) e o Banco Sol vai permitir o acesso das micro, pequenas e médias empresas do sector do turismo a uma linha de financiamento no valor de 670 milhões de kwanzas, para o fomento da actividade turística.
O acordo, rubricado no fim da semana passada pelo ministro da Hotelaria e Turismo, Paulino Domingos Baptista, e pelo presidente do conselho de administração do Banco Sol, Coutinho Nobre Miguel, prevê a saída dos montantes por categorias de empresas, em até cinco anos renováveis.
De iniciativa do Minhotur, no âmbito do fomento e promoção do sector a nível do território nacional, a linha de financiamento vai disponibilizar 20 milhões de kwanzas para micro empresas, 150 milhões para as pequenas empresas e 500 milhões de kwanzas para as médias empresas.
A estratégia passa por facilitar o acesso a financiamentos para projectos que possam participar efectivamente no desenvolvimento do turismo em Angola, defende o ministro da Hotelaria e Turismo, Paulino Baptista, para quem a iniciativa é mais “um passo imprescindível”, para o cumprimento dos objectivos, programas e acções do Plano Operativo do Turismo.
Outro objectivo da iniciativa é, segundo Paulino Baptista, “intermediar o desenvolvimento de parcerias público/privadas, com vista a fomentar os investimentos no sector hoteleiro e turístico, com o propósito de expandir a rede hoteleira, para o aumento da oferta e equilíbrio de preços, estendendo a todos os municípios do país”.
“Os empresários dispõem deste instrumento, agora assinado, para que estabeleçam a sua relação comercial com o Banco Sol, que, com este acto, tenho a certeza de que está pronto a fomentar o desenvolvimento do Turismo no nosso belo país”, assegurou o governante, no que foi seguido por Coutinho Miguel, sobre a importância da linha de crédito aberta para o turismo.
“A indústria turística e hoteleira são importantes para a diversificação das fontes de receitas para o Estado, constituindo janelas económicas e financeiras que deverão contribuir positivamente para a saída da crise económica, financeira e cambial”, defende o PCA do banco comercial que encerrou 2015 com ganhos de 7,4 mil milhões de kwanzas.
CRÉDITO COBRE PROJECTOS VIÁVEIS
O acesso a financiamento está aberto a toda indústria turística, mas só os projectos viáveis poderão beneficiar do serviço, conforme alertou Coutinho Nobre Miguel, ao reforçar a importância e o objectivo do estabelecimento da linha de crédito.
Para o gestor, a construção de uma sociedade “mais equitativa, assente num modelo de desenvolvimento sustentável e inclusivo”, conforme preconizado no Plano Nacional de Desenvolvimento e na agenda da ONU para 2030, “são desafios que exigem uma classe empresarial forte, que apoie o crescimento e a diversificação da economia”.
“Com a outorga deste instrumento o Banco Sol, que vai comemorar 15 anos de existência, demonstra, com modéstia, realismo e optimismo que está presente nos momentos decisivos do crescimento e desenvolvimento da economia do país”, sublinhou. *Com Angop
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