BPC quer repor a capacidade operacional
REESTRUTURAÇÃO. Reposição imediata da capacidade operacional pode devolver confiança dos clientes do BPC, segundo o PCA da instituição, Ricardo D´ Abreu.
O novo Presidente do Conselho de Administração do Banco de Poupança e Crédito (BPC), Ricardo D'Abreu, definiu como prioritária a reposição da capacidade operacional da instituição, mas a restruturação deverá cortar mais de 20% dos postos de trabalho.
“A prioridade é repor a capacidade operacional do Banco de Poupança e Crédito para que os clientes, sejam empresas ou particulares, consigam confiar no propósito de prestação de um serviço integral”, defendeu Ricardo D'Abreu, durante a tomada de posse da nova administração.
Nos últimos meses foram relatados vários problemas de liquidez no BPC e foi suspensa a atribuição de crédito pela instituição. De acordo com a imprensa local, o plano de reestruturação do BPC, aprovado pelos acionistas, implica a redução de 1.200 postos de trabalho (de um total superior a 5.000) e o encerramento de 124 das 400 agências do banco.
“A função de intermediação do banco, em particular a de crédito, passa pela capacidade de, com prudência, concretizar o binómio criação de valor para os clientes e para o banco. Todos, empresas e particulares, podem contar com uma gestão ética, profissional e responsável”, entende o novo homem-forte do BPC.
O Estado é acionista do BPC, através do Ministério das Finanças (75%), o Instituto Nacional de Segurança Social (15%) e a Caixa de Segurança Social das Forças Armadas Angolanas (10%), que deverão suportar "na proporção da sua participação" o financiamento do aumento de capital (recapitalização) também previsto neste processo de reestruturação, no valor global de 90 mil milhões de kwanzas (500 milhões de euros).
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