Brilho esperançoso
realização, na semana passada, do primeiro leilão de diamantes brutos em Angola, em que participaram 31 empresas para a compra de sete pedras de grande quilate. é daquelas práticas que, salvo se o processo for viciado, dificilmente não reúne consenso pela positiva.
Tratou-se do primeiro grande acto depois da aprovação, em Julho de 2018, da alteração da política de comercialização do diamante, acabando com o modelo da venda aos clientes preferenciais, cujo número de críticos era largamente superior ao dos que apoiavam. Tanto pelas desvantagens económicas para os cofres do Estado e das empresas produtoras como pela falta de transparência no critério de escolha dos clientes preferenciais. Portanto, o fim do referido modelo era, efectivamente, um dos males a ser corrigido.
Seis empresas foram vencedoras, neste leilão histórico, que proporcionou receitas de 16,7 milhões de dólares. Segundo Stephen Wetherall, presidente da comissão executiva da Lucapa Diamonds, accionista de referência da Sociedade Mineira do Lulo, “os preços oferecidos pelo grande número de ‘players’ internacionais que participaram neste histórico leilão em Angola reflectem o verdadeiro valor dos diamantes”. Ou seja, foi positivo.
Portanto, o acto motiva que se olhe com esperança para o futuro do negócio dos diamantes em Angola e, sequencialmente, o seu contributo no PIB. Motiva acreditar que Angola pode, sim, vir a transformar-se num mercado internacional de diamantes que tanto África precisa para melhor ganhar com o negócio.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...