ANGOLA GROWING
SOBRE O BPI

Caixabank diz que já não há negociações

28 Apr. 2016 Sem Autor Mundo

O maior accionista do BPI, Caixabank, assumiu que "já não é tempo de negociar" sobre o BPI, já que apresentou uma Oferta Pública de Aquisição (OPA), entretanto admite apenas dialogar sobre o problema da exposição ao risco de Angola.

 

O administrador-delegado do Caixabank, Gonzalo Gortázar, recordou que "quando se apresenta uma OPA, já não é tempo de negociar”, entendendo que os outros accionistas têm de ver se lhes interessa ou não aceitar. Considerou que “naturalmente, continuamos a trabalhar construtivamente porque neste caso, além da OPA sobre o BPI, está pendente a resolução de um problema sobre o Banco Fomento de Angola (BFA), detido maioritariamente pelo BPI.

O Caixabank, o maior acionista do BPI, com 44,1%, lançou nas últimas semanas uma OPA sobre o restante capital do banco português, condicionada à eliminação dos estatutos de bloqueio na entidade financeira portuguesa, que lhe limitam os direitos de voto a 20%.

O Governo português aprovou um decreto-lei que permite a desblindagem desta cláusula de bloqueio dos direitos de voto, mas à luz das novas regras do Banco Central Europeu, o BPI continua exposto ao risco de Angola, uma vez que detém mais de 50% do Banco Fomento e Angola, que Gonzalo Gortázar descreveu como "uma joia".