ANGOLA GROWING
DE REGRESSO AOS LEILÕES DE DIVISAS DO BNA

Casas de câmbio e de remessas levam 14,4 milhões de euros

MERCADO.Operadores retomaram as sessões de vendas de divisas do banco central vários meses depois de estarem colocados fora da ‘lista’ de vendas. As novas sessões podem animar o mercado de câmbio que já encerrou agências e fez perder vários operadores para outras actividades.

 

O Banco Nacional de Angola (BNA) colocou no mercado de divisas acima de 500 milhões de euros, para operações diversas, 14,4 milhões dos quais absorvidos pelas casas de câmbio e pelos operadores de remessas, indica o último relatório do banco central, referente aos leilões de 6 a 10 de Março.

As casas de câmbio e operadores de remessas que não participavam dos leilões há mais ou menos 12 meses, desde finais de 2015, voltaram às sessões de vendas do BNA, numa semana em que a indústria ‘comeu’ maior parte do bolo, com um saque a ultrapassar os 200 milhões de euros. Na semana anterior, as casas de câmbio também constavam da lista dos leilões, quando absorveram, das mãos do BNA, um envelope de 9,9 milhões de euros, operações que deverão devolver a actividade ao sector que, há já vários meses, mantinham portas fechadas, para alguns, e redução de actividades, para operadores que “sobreviviam com recursos próprios”, segundo o líder da Associação que congrega as casas de câmbio, Hamilton Macedo, ao VALOR.

Do total do montante colocado entre 6 e 10 de Março, foram ainda distribuídos para o sector petrolífero, com 35,8 milhões de euros, sectores diversos, com 53,7 milhões, empresas diversas, com 30,4 milhões, além das telecomunicações e organismos do Estado que receberam 28,5 milhões e 26,2 milhões de euros, respectivamente.

No mesmo período, o banco central destinou igualmente 19,3 milhões de euros para a reposição cambial; 17,9 milhões para viagens, ajuda familiar, saúde e educação; 17,9 milhões para a cobertura de operações com cartões de crédito; 13,4 milhões para as companhias aéreas; 12,7 milhões para a cobertura das operações de vestuário e calçado e 12,5 milhões para as cartas de crédito.