CFM registam queda de 400 milhões de kwanzas
As receitas obtidas pelos Caminhos-de-Ferro de Moçâmedes (CFM), com o transporte de cargas e passageiros, nos últimos 11 meses deste ano, registaram uma queda de 400 milhões de kwanzas comparativamente aos 800 milhões de 2017.
A queda das receitas deveu-se aos custos de manutenção das 27 locomotivas, tendo em conta o contexto cambial do país, e à aquisição de combustíveis e lubrificantes – importados maioritariamente da África do Sul.
De acordo com o administrador financeiro da empresa, António Conceição, os rendimentos estão muito aquém do projectado e dos mil milhões de kwanzas, valor aceitável. Para se atingir o nível aceitável de receitas, segundo o gestor, terão que aumentar as frequências semanais no traçado, de 36 para mais de 40 viagens, isto é, incluindo o comboio suburbano.
O aumento de frequências deve aumentar também a capacidade de transporte, sobretudo de cargas, de 500 para 1.500 toneladas por semana, por ser a principal fonte de receitas da companhia.
António Conceição apontou o sector de transporte de cargas por ser aí onde podem aplicar o regime de preços livres, enquanto no de passageiros vigoram os preços vigiados e subvencionados pelo Estado.
O CFM está sedeado no Lubango, na Huíla, mas que atravessa as províncias do Namibe e Kuando-Kubango, em 907 quilómetros de linha.
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