Com 40 anos das relações diplomáticas China-Angola, abrimos nova página da cooperação económica e comercial

25 Jan. 2023 Opinião
Com 40 anos das relações diplomáticas China-Angola, abrimos nova página da cooperação económica e comercial

No dia 12 de janeiro de 1983, a China e Angola estabeleceram relações diplomáticas, um dia inesquecível com significado histórico para ambos os povos. Nos últimos 40 anos, as relações entre a China e Angola continuam a desenvolver-se, com o aprofundamento da confiança política mútua, os frutuosos resultados económicos e comerciais e a interação humana cada dia mais próxima. Especialmente nos últimos anos, sob a liderança e a orientação do Presidente Xi Jinping e do Presidente João Lourenço, a parceria estratégica entre a China e Angola está cada dia mais rica e a cooperação prática bilateral está a avançar em todas as área, alcançando o benefício mútuo, contribuindo para o desenvolvimento mútuo e trazendo os benefícios palpáveis tanto aos países como aos povos, o que estabeleceu um exemplo para a cooperação Sul-Sul e a cooperação de benefício mútuo China-África.

Revisando os 40 anos passados, a China sempre insistia em cooperar com Angola, na base de respeito mútuo, igualdade, abertura e transparência. A cooperação entre a China e Angola fica na vanguarda da China-África há muito tempo. De nada para alguma coisa, os resultados impressionantes da cooperação são resultados dos esforços mútuos. Hoje em dia, para a China, Angola é um parceiro importante em África. Para Angola, a China tem sido o maior parceiro comercial, o mercado Número Um de exportação e o principal de origem do investimento por muitos anos. No início da restauração da paz em Angola em 2002, o volume comercial entre a China e Angola era apenas de 150 milhões de USD. De Janeiro a Novembro de 2022, o volume comercial bilateral atingiu os 24,96 mil milhões de USD, o que significa que o volume comercial médio de cada mês é quase duas vezes mais do que o do ano inteiro de 2002. Angola subiu para o segundo maior parceiro comercial da China em África. Vale a pena mencionar que, de Janeiro a Novembro de 2022, o volume da exportação dos bens não petrolíferos de Angola à China aumentou 87,5% comparando com o do período homólogo. Nos últimos anos, produtos angolanos, como o café, a cerveja, o sumo e etc. estão a chegar cada vez mais a casa dos chineses. Ao mesmo tempo, a cooperação de investimento entre a China e Angola tem-se desenvolvido prosperamente. Há pouco, visitei a primeira edição do ‘Feito em Angola’ e registo que há mais de 10 empresas chinesas que investem na ZEE, participaram na exposição, incluindo as áreas de mobiliário, montagem de telemóveis, fundição, produtos químicos diários, materiais de construção, contadores eléctricos e de água e produtos agrícolas. Fico muito contente que, com a gradual melhoria do ambiente do investimento, cada vez mais empresas chinesas investem em Angola nas áreas mais amplas do que nunca, como energia, mineração, indústria, agricultura, comunicações, finanças, serviços comerciais e etc., criando quase 10 mil empregos e receitas fiscais significativas, e contribuindo muito para a realização da diversificação da economia e o desenvolvimento sustentável e autónomo de Angola. Os resultados da cooperação entre a China e Angola, no domínio de infra-estruturas, também são distintos para todos. As empresas chinesas participam activamente na reconstrução do pós-guerra de Angola, ajudando a construir muitos projectos sociais e de subsistência dos angolanos, incluindo os já concluídos como a Linha de Caminho de Ferro de Benguela, a Centralidade de Kilamba Kiaxi, o Projecto de Combate à Seca da Província do Cunene, o Ciclo Combinado do Soyo e o Arquivo Nacional de Angola, e os que estão em construção como o Novo Aeroporto Internacional de Luanda, a Central Hidroelétrica de Caculo Cabaça e o Novo Porto de Caio. Desde o ano passado, a Convenção entre a China e Angola para a Eliminação da Dupla Tributação está em vigor e a negociação do Acordo entre a China e Angola sobre a Promoção e Protecção Recíproca dos Investimentos está em progresso positivo, o que melhorará o ambiente de desenvolvimento da cooperação económica e comercial entre os dois países. Os frutos, que não vieram de modo fácil para nós, são as consequências naturais da cooperação sincera e dos esforços conjuntos dos ambos países, lançando a base de aprofundamento cada vez mais da amizade Sino-Angolana e fornecendo as moções mais poderosas.

China-Angola são bons parceiros e irmãos e sempre estiveram unidas na assistência mútua. Há 20 anos, a China foi um dos primeiros países que estenderam as mãos a Angola para o processo de reconstrução. No início de 2020, quando a pandemia estava mais grave na China, o governo e a comunidade de Angola foram os primeiros que expressaram o valioso apoio à China, o que a China tem sempre na mente. Logo depois da pandemia em Angola, imediatamente a China ofereceu a assistência das vacinas de Covid-19 e do alívio da dívida, dando apoio à luta contra a pandemia em Angola, via vários meios. A China é o país que oferece mais vacina de Covid-19. Através da cooperação contra a pandemia, a China e Angola construíram uma relação de parceria estratégica mais próxima, e estabeleceram um exemplo para a cooperação internacional contra a pandemia. Em tempos difíceis, a China e Angola apoiavam-se mutuamente e ajudavam-se mutuamente, que é um exemplo perfeito do verdadeiro amor em tempos duros. Além disso, através da assistência não reembolsável, para Angola, a China ainda construiu o Hospital Geral de Luanda, a Academia Diplomática Venâncio de Moura, o Centro de Demonstração de Tecnologia Agrícola e está a construir o Centro Integrado de Formação Tecnológica de Angola, bem como ofereceu as formações a três mil angolanos nas áreas de comércio, agricultura, saúde, tecnologias e informação, transportes e etc.. Nas cooperações bilaterais, a China persiste sempre nos princípios de sinceridade, efectividade, afinidade e boa fé, na visão correcta de justiça e interesses, bem como no espírito de benefícios recíprocos, e continuará a dar apoio e ajuda forte ao desenvolvimento de Angola.

China-Angola ambos são países em desenvolvimento, com um mesmo desejo sincero de alcançar a revitalização nacional e a prosperidade dos países, confrontados a mesma tarefa importante de desenvolver a economia e melhorar a vida dos povos. Angola é um país importante em África com a situação política assegurada, o mercado aberto, a diversificação económica contínua, a melhoria sucessiva do ambiente de negócio e a microeconomia estável. O país tem continuado a mostrar a resiliência e o dinamismo, o que atrai cada vez mais investidores estrangeiros. A China está a implementar activamente o novo conceito de desenvolvimento de inovação, coordenação, verde, abertura e partilha, promovendo um desenvolvimento de alta qualidade. No 20º Congresso Nacional do Partido Comunista da China, realizado no Outubro passado, foi feita a grande disposição estratégica para o desenvolvimento futuro da China, foi lançado o sinal de que a política geral da China manterá um elevado grau de estabilidade e continuidade e continuará o rápido desenvolvimento económico e a estabilidade social a longo prazo. Foram destacados também os princípios de que a China persistirá no desenvolvimento pacífico, na reforma e abertura e no benefício mútuo, o que fornecerá mais oportunidades aos países de todo o mundo, incluindo Angola. A China tem sempre a confiança no desenvolvimento futuro de Angola e a perspectiva da cooperação Sino-Angolana.

Por ocasião do 40º aniversário das relações diplomáticas China-Angola, devemos não só revisitar o passado, mas também subir e olhar para longe, para que possamos juntamente estudar o planeamento da cooperação futura e impulsar as relações Sino-Angolana num futuro ainda mais brilhante e glorioso nos próximos 40 anos. A parte chinesa está disposta a trabalhar em conjunto com a parte angolana, para enfrentar o futuro com confiança; aumentar ainda mais a compreensão e a confiança mútua; reforçar a sinergia estratégica de desenvolvimento dos ambos países; construir a "Cinturão e Rota" com alta qualidade; implementar activamente os "Nove Programas" do FOCAC em Angola; ampliar a cooperação nas áreas de agricultura, indústria, infra-estruturas, desenvolvimento de capacidade e entre outros; expandir a cooperação das indústrias emergentes, tais como a economia digital e a economia verde; cultivar novos pontos de crescimento da cooperação entre os ambos países e dar apoio à parte angolana sobre a promoção da diversificação da economia, da industrialização e da capacidade de desenvolvimento sustentável. Vamos trabalhar em conjunto para enriquecer continuamente a parceria estratégica entre a China e Angola e compor juntos um novo capítulo da cooperação económico e comercial Sino-Angolana!