INDÚSTRIA. PCA da única siderúrgica alega falta de condições nas indústrias angolanas para a produção de aço através do ferro gusa. Entretanto, é contrariado por empresários para quem a siderúrgica “não está interessada” em vender aos nacionais. Ministro Diamantino Azevedo manifestou-se, recentemente, contra a exportação de matérias-primas em detrimento da criação de cadeias de valor no país.

Companhia Siderúrgica do Cuchi (CSC), única exploradora de ferro gusa (matéria-prima para a produção de aço), concentrou as vendas no mercado internacional, desde o início das operações, no ano passado, com a exportação de 20 mil toneladas.

A empresa ainda não efectuou qualquer venda no mercado nacional e o presidente do seu conselho de administração, Rui Silva, ao Valor Económico, justifica a preferência de exportar a matéria-prima com a falta de condições das fábricas que operam no país. “Não há ainda indústrias que consumam o nosso produto no mercado interno. Não há indústrias a produzir aço com a mesma metodologia que nós utilizamos, que é o ferro gusa. Não existe”, explica, argumentando que “produzem aço através de sucatas e outros elementos” e que “talvez os fornos destas pequenas indústrias que existem em Angola não estejam em condições de receber ferro gusa”.

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