ANGOLA GROWING
TRANSPORTE DE MERCADORIAS DE E PARA ANGOLA NO III TRIMESTRE

Custo médio do frete fixou-se nos 3,2 mil dólares por contentor

TRANSPORTE.Fretes mais caros foram os registados na relação com os Estados Unidos da América e com a Holanda, fixando-se entre os 4.857,39 dólares, o contentor de 20 pés, e 7.920,21 dólares, o de 40 pés.

O transporte de contentores, por via marítima, de e para Angola custou em média 3,2 mil dólares, durante o terceiro trimestre do ano passado, revelam dados do Conselho Nacional de Carregadores (CNC), referentes ao terceiro trimestre de 2016.

Em termos concretos, o frete de um contentor de 20 pés, do exterior para o território nacional e vice-versa, foi de 2.179,44 dólares, saltando para os 4.319,72 dólares para as unidades de 40 pés. O frete mais barato foi praticado por Portugal (1.239,55 dólares) nas unidades de 20 pés e o Brasil (2.195,29 dólares) nas unidades de 40 pés. Ao passo que os mais caros foram os registados nas operações com os Estados Unidos e com a Holanda, em que os preços se fixaram entre os 4.857,39 dólares, o de 20 pés, e 7.920,21 dólares, o de 40 pés.

No conjunto de 28 países, 15 apresentaram valores acima dos dois mil dólares por cada contentor de 20 pés, sendo de destacar a Suécia que cobrou, em média, 2,9 mil dólares, Emirados Árabes Unidos (2,9 mil dólares), Espanha (2,8 mil dólares), Coreia do Sul (2,5 mil dólares) e a China (2,4 mil dólares).

Enquanto isso, 13 países apresentaram valores acima dos quatro mil dólares para os contentores de 40 pés. São exemplos dessa lista países como a Coreia do Sul, Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos, Canada, Noruega, entre outros. Os dados do CNC indicam que, apesar da redução do transporte em contentores de 20 pés, em cerca de 169.998 toneladas, menos 26% face ao período homólogo, essas unidades continuam a ser as mais usadas. Entre os principais armadores em toneladas transportadas, o destaque recai sobre a empresa Niledutch que, no período em análise, liderou a lista de operadores marítimos no que respeita ao peso, com um volume de cerca de 243,3 mil toneladas, representando 16,95% do volume global das mercadorias importadas.

A Maersk Line, com 13,84%, ocupou a segunda posição ao transportar 198,6 mil toneladas. No topo das unidades contentorizadas, o Porto de Luanda apresentou-se com o maior número de contentores desembarcados, totalizando 37.698 unidades, equivalente a 50.002 TEUS. O Porto do Lobito seguiu-se na segunda posição, com 3.329 unidades, perfazendo um total de 4.031 TEUS. Os portos de Cabinda (1.413 unidades) e do Namibe (1.433 unidades) com valores muito próximos desembarcaram 1.758 e 1.661 TEUS, respectivamente.

No geral, os portos nacionais registaram a entrada de 1.435.819 toneladas no terceiro trimestre de 2016, tendo o Porto de Luanda recebido 1.224.177 toneladas no total, dos quais 780,4 mil toneladas em unidades contentorizadas.

RODOVIÁRIOS

A nível interno, o frete médio rodoviário de Luanda para as restantes províncias foi de 380,5 mil kwanzas para as unidades de 20 pés e 423,9 mil kwanzas para as de 40 pés.

O frete mais caro foi para a província do Moxico (691.428,57) nas unidades de 40 pés e o mais barato para a província do Bengo, com cerca de 126,6 mil kwanzas nas unidades de 20 pés. Ainda sobre as unidades de 20 pés, o transporte de Luanda até ao Cunene apresentou a maior fasquia, atingindo os 625 mil kwanzas. Para Benguela, os fretes estiveram em 245 mil kwanzas, para a unidade de 20 pés, e 294,2 mil nas unidades de 40 pés.

Dos contentores de 20 e 40 pés, para valores acima dos 350 mil e 400 mil kwanzas, respectivamente, estiveram as províncias do Namibe, Huíla, Cunene, Moxico, Kuando-Kubango, Lunda-Norte, Lunda-Sul e Bié. Os valores baixos envolvem as províncias do Bengo, Benguela, Malanje, Kwanza-Sul, Kwanza-Norte, Zaire e Uige. De Benguela para as outras províncias, destacam-se os valores do transporte para o Moxico e Lunda-Norte por 800 mil kwanzas para qualquer das unidades (20’ e 40’). Ainda bastante significativo, foi o frete para o Zaire e Lunda-Sul, também com preço único fixado em 600 mil kwanzas.

FRETE FERROVIÁRIO

O Caminho-de-Ferro de Luanda (CFL) cobrou, em média, 124,5 mil kwanzas para os contentores de 20 pés de Luanda a Malanje e 227 mil kwanzas para os contentores de 40 pés, segundo so dados do CNC, que salientam ainda que o frete médio de Luanda ao Dondo custou 64 mil kwanzas para o contentor de 20 pés e 128 mil kwanzas para o de 40 pés. Por outro lado, o Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB), segundo os dados do CNC, registou poucas oscilações nos preçários para as diferentes localidades.

Os dados disponíveis indicam que os preços variaram em função da natureza do produto a transportar e da distância a percorrer.

O transporte de um contentor de 20 pés, de bebida alcoólica, do Lobito ao Luau, ficou a 386,7 mil kwanzas e o de 40 pés a 515,6 mil kwanzas. Nos bens alimentares, os contentores de 20 pés foram fixados em 309,3 mil kwanzas, ao passo que o de 40 pés a 360,9 mil kwanzas. Já os fretes fixados pelos Caminhos-de-Ferro de Moçâmedes (CFM) apresentaram ligeiras alterações.

O contentor de 20 pés, do Namibe ao Lubango, ficou por 45.970 kwanzas, ao passo que para Menongue, 71.120 kwanzas. Do Lubango à Matala, o frete ficou por 45,9 mil kwanzas. O frete mais elevado registou-se do Namibe à Menongue, de 101, 7 mil kwanzas.