Diferentes cenários para Unitel/Oi, Eurobic e Metro de Superfície…
Uma serie de negócios e ou acordos, com alguma ou muita ligação com Angola, registam-se nas primeiras semanas do ano. Sonangol compra participação da Oi na Unitel. Governo assina acordo com a Siemens para a construção do Metro de Superfície. E accionistas do Eurobic assinam pré-acordo de venda do banco com os espanhóis do Abanca.
Factos que motivam um exercício, informal, como se em presença de um estudo de caso. Que outros cenários poderiam ser alternativos aos escolhidos?
Se, ao invés de investir 1000 milhões de dólares para reforçar a sua posição na Unitel, a Sonangol entrasse na estrutura acionista do Eurobic? Não está em causa o valor da Unitel, mas a possibilidade de se investir em outras geografias, garantindo euros, ao invés do frágil kwanza na divisão dos dividendos. A petrolífera poderia fazer o referido investimento por via de um dos bancos nacionais onde detém posição de influência como são os casos do BAI e ou o BFA.
A Sonangol, por exemplo, terá de fazer novos investimentos no Banco Económico para reforçar o capital social por força da orientação do BNA. Ora, e se vendesse a participação neste banco e apostasse em reforçar a sua posição na banca portuguesa onde está presente nas mãos do Millennium BCP? Contra este argumento estaria a realidade cíclica das crises e a possibilidade de o mercado português amanhã ser menos interessante do que o angolano é hoje.
Mas é por isso mesmo que é recomendável dispersar o investimento em várias geografias, ao invés de tê-los maioritariamente em um mercado, sobretudo quando este, à priori, dá menos garantias como é o acaso de Angola se comparado a Portugal.
Por outro lado, o negócio do Metro de Luanda. É pouco compreensível o investimento do Estado para fazer parte do projecto, investindo dinheiro fresco, quando poderia fazer recurso ao modelo BOT. Parece pouco racional fazer recurso a financiamento internacional para a realização de um projecto que pode ser assegurado exclusivamente com fundos privados sem o Estado perder o controlo sobre o mesmo. O modelo escolhido foi muitas vezes citado pelo Presidente da República como exemplo das coisas a serem melhoradas.
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